Cadernos

DP+

Blogs

Serviços

Portais

Mundo

O que aconteceu com Trump? Veja últimas notícias

Ex-presidente ficou ferido em tentativa de assassinato durante comício

O republicano de 78 anos foi retirado do palco com o rosto ensanguentado

 
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi ferido neste sábado (13) na orelha, em uma tentativa de assassinato durante um comício que alimentou as tensões políticas antes das eleições presidenciais de novembro.
 
O republicano de 78 anos foi retirado do palco com o rosto ensanguentado após disparos em Butler, Pensilvânia, no norte do país. 
 
O autor dos disparos e um participante do comício foram mortos. Dois espectadores ficaram gravemente feridos. 
 
[VIDEO1] 
 
Quem é o atirador? 

O FBI identificou o autor dos tiros como Thomas Matthew Crooks, um jovem de 20 anos de Bethel Park, na Pensilvânia, segundo a imprensa americana. 

"É o indivíduo envolvido na tentativa de assassinato do ex-presidente Donald Trump", afirmou a Polícia Federal americana. 

O Serviço Secreto acrescentou que o agressor disparou "vários tiros no palanque a partir de uma posição elevada fora do comício" antes de ser "neutralizado" pelos agentes.

Várias testemunhas afirmaram que viram o homem antes do tiroteio e alertaram as autoridades.

Ryan Knight, um simpatizante de Trump, declarou que viu o atirador em um edifício próximo. 

"Quando estava sentando ali, um cara disse: 'Meu Deus, ele tinha uma arma'", afirmou Knight à imprensa.

Um vídeo publicado pelo portal TMZ mostra o suposto atirador em um telhado segurando um fuzil.

O agressor estava armado com um fuzil semiautomático AR-15, informou a imprensa. 
 
Como aconteceu
 
Vestido com uma camisa branca, paletó escuro e um boné vermelho com seu slogan "Make America Great Again", Trump criticava a imigração ilegal quando foram ouvidos tiros às 18h08 (19h08 de Brasília).

"Olhem o que aconteceu...", afirmava, quando quatro disparos seguidos foram ouvidos. 

Trump colocou a mão na orelha direita, enquanto alguém gritava "abaixa!", antes do quinto e sexto tiros.

O ex-presidente se abaixou atrás do púlpito, enquanto agentes do Serviço Secreto o cercaram.

Gritos foram ouvidos entre a multidão. 

Em quatro segundos, mais tiros foram ouvidos, o que levou mais espectadores do comício a abaixar, enquanto outros agentes do Serviço Secreto correram para o palanque.

Dezessete segundos após os primeiros tiros, um disparo final foi registrado e uma mulher gritou.

Três integrantes das forças de segurança fortemente armados subiram no palanque 22 segundos após o início do tiroteio. 

Os agentes do Serviço Secreto rapidamente deram instruções, como "movam-se", antes de levantar um Trump abalado.

Trump foi observado novamente cerca de um minuto após o início do tiroteio. Ele disse:  "Deixe-me pegar meus sapatos", enquanto os agentes formavam um círculo ao seu redor.

Treze segundos se passaram e Trump levantou o punho em direção à multidão, que respondeu com aplausos.

Quando o ex-presidente foi retirado do local, com o boné na mão, os espectadores gritavam "Estados Unidos!". 

Trump fez uma breve pausa para levantar o punho, antes de descer do palanque.

Antes de ser levado para um veículo e apenas dois minutos após o início da tentativa de assassinato, Trump ergueu o punho mais uma vez e virou-se brevemente para a multidão.


Ele fez uma careta e apertou a orelha ensanguentada, depois se agachou enquanto os agentes do Serviço Secreto subiram ao palanque, cercaram-no e o escoltaram até um veículo próximo. 

"É incrível que um ato como este possa ocorrer no nosso país", disse Trump na sua rede Truth Social horas depois. 

"Eu soube imediatamente que algo estava errado porque ouvi um zumbido, tiros e imediatamente senti a bala rasgando a pele", disse Trump. 

"Houve muito sangramento, então percebi o que estava acontecendo".
 
"Deixe-me pegar meus sapatos", Trump disse, enquanto agentes de segurança o ajudavam a se levantar. Ele se virou para a multidão e ergueu repetidamente o punho, além de proferir palavras inaudíveis, em uma imagem que agora se tornou icônica.

O ataque causou choque em todo o mundo. Os líderes do Reino Unido, Israel, França, Japão, entre outros países, manifestaram sua indignação. Biden encurtou uma viagem de fim de semana à sua casa na praia de Delaware para retornar a Washington. Ele receberá uma atualização na manhã deste domingo, segundo a Casa Branca. 

O ataque já alimentou tensões políticas e as redes sociais estão inundadas de teorias da conspiração. 

O potencial candidato a vice-presidente de Trump, J.D. Vance disse que a "retórica" de Biden "levou diretamente" ao ataque de Trump. 

A equipe de campanha de Trump garantiu que o ex-presidente irá participar na Convenção Nacional Republicana em Milwaukee, que começa na segunda-feira, depois de ter sido noticiado que será submetido a um exame hospitalar preventivo. 

Poucas horas depois, Trump foi visto saindo do avião sem ajuda, segundo um vídeo postado nas redes sociais por seu vice-diretor de comunicações.


As forças de segurança de Butler reconheceram ter respondido a uma série de relatos de "atividades suspeitas", mas não forneceram detalhes. 

"Vimos muitas pessoas caírem, pareciam confusas. Ouvi os tiros", disse John Yeykal, de Franklin, que participava de seu primeiro comício de Trump. 

Políticos americanos, incluindo os ex-presidentes Barack Obama e Bill Clinton, fizeram fila para condenar o ataque e dizer que não havia lugar para a violência na política. 

A Rússia aproveitou a oportunidade, ao contrário, para instar os Estados Unidos a fazerem um balanço das suas "políticas de incitação ao ódio contra adversários políticos, países e povos" e denunciar o apoio de Washington à Ucrânia. 

Os Estados Unidos têm um histórico de violência política e os presidentes, ex-presidentes e candidatos têm medidas de segurança rigorosas. 

O presidente John F. Kennedy foi assassinado em 1963 e seu irmão Bobby Kennedy foi baleado e morto em 1968. 

O presidente Ronald Reagan sobreviveu a uma tentativa de assassinato em 1981. 

Leia a notícia no Diario de Pernambuco