Rússia acusa OTAN de ter incitado uma escalada muito perigosa

O governo russo acusou os aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) de incitarem a uma escalada muito perigosa ao permitirem o uso de armas para atacar o território russo na cúpula que aconteceu em Washington, nos Estados Unidos.

 

"Vimos declarações de representantes de algumas capitais, Londres e assim por diante, que não vêem nenhuma restrição a esse respeito, e vemos países que estão tentando manter o equilíbrio e dizem que são contra essa flexibilização dos termos para o uso de mísseis de longo alcance", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

 

Mas, o secretário da Defesa norte-americano, Lloyd James Austin, conversou por telefone com o ministro da Defesa russo, Andrei Belousov, sobre reduzir o risco de escalada, dois dias apos Washington ter anunciado a instalação de mísseis de longo alcance na Alemanha. "Foi abordada a questão da prevenção das ameaças à segurança e da redução do risco de uma eventual escalada", diz o comunicado do Ministério da Defesa russo.

 

Já a porta-voz do Pentágono, Sabrina Singh, declarou que Austin salientou a importância de manter as linhas de comunicação com Moscou, em meio ao conflito na Ucrânia e imediatamente depois da cúpula da OTAN na capital dos EUA.

 

O secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, defendeu que a cúpula da OTAN lançou as bases para que a Ucrânia triunfe diante da invasão russa e que os aliados forneceram à Kiev um apoio sem precedentes desde o inicio do conflito. 

 

Por outro lado, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, insiste que os seus aliados suspendam a proibição de ataques de longo alcance no território da Rússia para que as forças ucranianas possam destruir as bases aéreas russas, onde estão localizadas as aeronaves que têm sido usadas nos ataques contra a Ucrânia.