ELEIÇÕES NOS EUA

Chicago será palco de vários protestos na Convenção do Partido Democrata

O destaque principal será uma enorme manifestação pró-palestina que pretende denunciar a administração Joe Biden e Kamala Harris em relação à guerra em Gaza

Publicado em: 19/08/2024 16:47

Manifestantes se reúnem próximo à arena do DNC (foto: MATTHEW HATCHER / AFP)
Manifestantes se reúnem próximo à arena do DNC (foto: MATTHEW HATCHER / AFP)

No primeiro dia da Convenção do Partido Democrata (DNC, sigla em inglês), em Chicago, será marcado junto à arena do DNC por vários protestos que envolvem uma série de causas, incluindo pró-aborto e justiça racial. Mas o destaque principal será uma enorme manifestação pró-palestina, que pretende denunciar a administração Joe Biden e Kamala Harris em relação à guerra na Faixa de Gaza. 

 

Uma coligação abrangente, denominada Marcha sobre a DNC, reuniu mais de 200 organizações, que planejou e coordenará os protestos. São esperadas pelo menos 20 mil pessoas.

 

Chicago possui uma das maiores comunidades palestinas do país, conhecida como Pequena Palestina. Aliás, na região, os residentes asseguram que Kamala Harris não terá o seu voto e que o presidente e a vice-presidente são personas non gratas pelo seu apoio, incluindo militar, a Israel.

 

Desde a semana passada, os organizadores da Marcha adiantaram que muitos manifestantes também irão vir de comunidades árabes e palestinas do Illinois e de Estados vizinhos. São aguardados ainda os estudantes que se mobilizaram e acamparam nas universidades de todo o país em apoio à causa palestina.

 

 

Imenso aparato de segurança

 

Hoje decorreram negociações entre os organizadores da Marcha e as autoridades locais, quanto à expansão do percurso do protesto e outras questões logísticas. A polícia de Chicago disse que para a manifestação foram tomadas fortes e amplas medidas de segurança.  

 

Os protestos previstos estão sendo comparados até com a convenção de 1968, na mesma cidade, onde a polícia e os manifestantes contra a guerra do Vietnã entraram em confronto violento.  

Em toda a cidade, lojistas e empresas fecharam as portas e colocaram barricadas para proteger os estabelecimentos, com receio de atos de vandalismo e de violência. Foram erguidas ainda diversas barreiras em torno das ruas, avenidas estão fechadas no entorno e do local da convenção.  

 

"Não precisamos que nos mantenham em segurança. Não precisamos deles para nos proteger, apenas que não violem os nossos direitos. Essa é a sua única tarefa", disse Hatem Abudayyeh,  porta-voz da Marcha, em resposta ao imenso esquema de reforço da polícia de Chicago e dos serviços secretos norte-americanos.