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Sobe para 2.229 o número de detidos na Venezuela

Entre os detidos, classificados por Nicolás Maduro como "terroristas", estão 13 jornalistas

Oponentes do presidente venezuelano Nicolás Maduro participam de uma manifestação convocada pela líder da oposição Maria Corina Machado por causa dos resultados contestados das eleições presidenciais

O presidente venezuelano reeleito Nicolás Maduro revelou que o governo deteve 2.229 pessoas, a quem classificou de ‘terroristas’. Entre os detidos, estão 13 jornalistas. 
 
“Já há 2.229 terroristas capturados, com provas, e no sábado serão transferidos para Tocorón e Tocuyito. Tocorón e Tocuyito estão prontos para os terroristas, para os criminosos e para deter "todas as gangues da nova geração que estão envolvidos nos protestos violentos", declarou Maduro num discurso na televisão estatal, se referindo as duas penitenciárias.
 
O presidente reeleito ainda acusou os detidos de atacarem e assassinarem pessoas,  queimarem hospitais, escolas e universidades, além de esquadras policiais, prédios públicos e sedes do partido no poder. Segundo o governo venezuelano, 59 agentes da polícia e 47 membros das forças armadas ficaram feridos, enquanto dois militares morreram. O regime também criou uma linha telefônica para receber denúncias de "crimes de ódio" contra Maduro. 

Por sua vez, nas redes sociais continua a publicação de vídeos com inúmeras prisões arbitrárias, onde casas foram arrombadas pelas forças de segurança, dentre elas, a da coordenadora regional de campanha da oposição, María Oropeza, no estado de Portuguesa. Oropeza delatou por meio de um vídeo, o grupo de homens, alguns encapuzados, arrombando a porta da sua residência. A detenção foi feita sem mostrar uma ordem judicial de prisão. "Eu não fiz nada de errado", se defendeu a coordenadora durante a transmissão. 

Até o momento, aproximadamente 24 civis, de acordo com a ONG Provea, morreram durante os protestos pós-eleições presidenciais, que contestam a reeleição de Maduro, consideradas fraudulentas.

Diversas organizações de direitos humanos criticam o clima de forte repressão no país e  violações dos direitos humanos contra os manifestantes detidos.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco