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UE pede pausa humanitária para vacinação contra poliomielite em Gaza

Vírus foi registrado na região em julho deste ano, após 25 anos sem casos da doença

Homem escava enquanto crianças se reúnem em um ponto de distribuição de alimentos em meio aos escombros de edifícios destruídos durante o bombardeio israelense

A União Europeia (UE) apelou mais uma vez por uma pausa imediata no conflito na Faixa de Gaza para permitir a vacinação das crianças no território contra a poliomielite, após o vírus ter sido registrado na região em julho depois de 25 anos sem casos da doença.
 
Na terça-feira, o alto representante para a Política Externa da EU, Josep Borrell já havia apelado por um cessar-fogo humanitário de três dias para a imunização das crianças. 
 
 “A Faixa de Gaza tem estado livre da poliomielite nos últimos 25 anos, sendo considerado alarmante que o poliovírus tenha sido detectado e que o primeiro caso tenha sido confirmado novamente em julho", disse Borrell em um comunicado.
 
O chefe da diplomacia da EU destacou também a importância de se evitar uma epidemia entre uma população já debilitada por mais de dez meses de combates e deslocações, má nutrição, falta de serviços básicos de saúde e condições sanitárias deploráveis, assim como uma maior propagação a nível internacional.
 
O apelo da UE para uma pausa humanitária para vacinação em Gaza se junta aos pedidos já feitos pela Organização Mundial de Saúde e a Organização das Nações Unidas. O bloco comunitário informou a disponibilização de mais de 1,2 milhões de vacinas orais contra a poliomielite.
 
Além disso, a coordenadora da UE para o apoio humanitário em Gaza, Sigrid Kaag, pediu nesta quinta-feira muito mais ajuda para a população palestina diante de uma tragédia sem precedentes.
 
"Em Gaza estamos perante uma tragédia humanitária de uma proporção sem precedentes, pelo nível de destruição e sofrimento, de uma forma que ainda não conhecíamos no século XXI", afirmou Kaag, acrescentando que desde outubro do ano passado existem milhares de pessoas vivendo em tendas, sem o mínimo de condições sanitárias, e que estão sendo constantemente deslocadas.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco