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Chanceler libanês critica declarações de Biden na ONU sobre Oriente Médio

"Não foram contundentes, não são encorajadoras e não resolvem o problema libanês", declarou o chanceler à margem da Assembleia Geral da ONU

Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden

As declarações do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sobre o Oriente Médio na ONU, nesta terça-feira (24), "não são encorajadoras", considerou o ministro das Relações Exteriores do Líbano, Abdallah Bou Habib.

 

"Não foram contundentes, não são encorajadoras e não resolvem o problema libanês", declarou o chanceler à margem da Assembleia Geral da ONU, em um evento organizado pelo Fundo Carnegie para a Paz Internacional. 

 

"Ainda temos esperanças. Os Estados Unidos são o único país que realmente pode fazer a diferença no Oriente Médio e em relação ao Líbano", afirmou.

 

Mais cedo, em seu discurso na Assembleia Geral, Biden advertiu contra uma "guerra em grande escala" no Oriente Médio e instou buscar soluções diplomáticas tanto no Líbano quanto para o conflito em Gaza entre Israel e o grupo islamista palestino Hamas.

 

Um alto funcionário americano disse na segunda-feira que os Estados Unidos darão "ideias concretas" para proporcionar uma "plataforma de saída" na região, depois que Israel intensificou seus ataques contra o Hezbollah libanês, apoiado pelo Irã, depois de meses de conflitos na fronteira.

 

Bou Habib afirmou que o número de libaneses deslocados pelos combates disparou dos cerca de 110.000 que havia antes dos ataques israelenses nos últimos dias. "Agora, provavelmente, se aproximem do meio milhão", disse.

 

Após assinalar que Israel também registrou deslocamentos em áreas do norte do país, ele questionou: "Tudo para que?".

 

"É uma situação muito difícil - uma situação muito cara e custosa - em um momento em que o país segue sendo frágil economicamente", afirmou.

 

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu mudar o "equilíbrio de forças" na fronteira norte quase um ano depois de o Hamas, também considerado um grupo pró-iraniano, executar o atentado mais mortal da história em solo israelense.

 

Bou Habib se mostrou convencido de que o Irã não quer o conflito. "Não acho que queiram participar de uma guerra", avaliou.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco