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Irã culpa Israel pelo ataque de pagers e Líbano prepara queixa à ONU

O Ministério das Relações Exteriores do Irã classificou como um %u201Cato terrorista%u201D as explosões dos pagers de membros do Hezbollah


 
O Ministério das Relações Exteriores do Irã condenou as explosões dos pagers de
membros do Hezbollah, no Líbano, e classificou como um “ato terrorista”, segundo a
mídia estatal do país. O embaixador iraniano, Mojtaba Amani, foi um dos feridos no
incidente.

De acordo com a agência de noticiais iraniana Tasnim, o porta-voz da chancelaria,
Nasser Kanaani, ainda acusou Israel de violar o direito humanitário internacional e
apelou à instauração de um processo penal internacional. “Os ataques colocaram a paz e a segurança regionais e internacionais em sério risco”, afirmou Kanaani.

O Líbano atribuiu as explosões a um ciberataque israelita, no qual foi detonado um
grande número de pagers, e revelou que prepara uma queixa ao Conselho de Segurança
da Organização das nações Unidas (ONU). “Esta deliberada escalada israelense
coincide com as ameaças de expandir a guerra para o Líbano e com a sua postura
intransigente, apelando para mais derramamento de sangue, destruição e sabotagem”,
acusou a diplomacia de Beirute em nota.

Em um comunicado, o Hamas também condenou hoje o governo de Tel Aviv pela
explosão de ‘pagers’ no Líbano, que provocou pelo menos nove mortos e cerca de 2.800
feridos, 200 dos quais em estado grave, e não fizeram distinção entre combatentes da
resistência e civis. "Condenamos veementemente o ataque terrorista sionista que teve como alvo cidadãos libaneses, fazendo explodir dispositivos de comunicação em
diferentes regiões do território", diz o comunicado do grupo.

O Hezbollah assegurou que Israel é “inteiramente responsável” por “esta agressão
criminosa” e que receberá a sua “justa punição”.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos confirmou que no país pelo menos 14
membros do grupo xiita libanês Hezbollah ficaram feridos em resultado de explosões
dos seus ‘pagers’ portáteis, juntando-se aos milhares de casos semelhantes que
aconteceram no Líbano.

Por sua vez, o Exército israelense indicou que acompanha o caso das explosões de
pagers, sem assumir a autoria, e descartou alterações nas orientações militares em
relação ao país vizinho.

Mas segundo noticiou o canal CNN Internacional, Israel está por detrás do ataque que
causou a explosão e que a operação foi realizada pelo exército israelita e a Mossad, o
serviço secreto israelense. O jornal norte-americano The New York Times também
afirmou que foi Israel que colocou o material explosivo nos pagers fabricados em
Taiwan, e que foram importados pelo Hezbollah para o Líbano.

Já o Pentágono negou qualquer participação dos Estados Unidos no episódio. “Não há
qualquer envolvimento dos EUA nesta questão. Mais uma vez, é algo que estamos a
monitorar”, adiantou Patrick Ryder, porta-voz do Pentágono.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco