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Israel diz que eliminou a formação militar do Hamas em Gaza

O ministro da Defesa de Israel disse que as forças israelenses estão perto de concluir seus objetivos em Gaza e depois irão se concentrar no Hezbollah


O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou nesta terça-feira (10) que o Hamas já não existe mais como uma formação militar na Faixa de Gaza e que as capacidades de guerra do grupo foram seriamente danificadas nestes 11 meses de conflito. “No entanto, o Hamas está embrenhado numa guerrilha e continuamos a lutar contra os terroristas e perseguir as lideranças do grupo”, acrescentou o ministro Yoav Gallant.
 
Além disso, recentemente o exército de Israel já havia anunciado que mais da metade das lideranças do braço militar do Hamas, as brigadas Al-Qassam, foram eliminadas.
 
O ministro ainda disse que as forças israelenses estão próximas de concluir os seus objetivos em Gaza e depois irá se concentrar em combater o grupo xiita libanês Hezbollah e garantir a segurança na fronteira norte do país.
 
As Forças de Defesa de Israel (IDF) também comunicaram que o líder do Batalhão de Tel Sultan, Mahmoud Hamdan, foi morto em uma ofensiva aérea. Hamdan era acusado de ter desempenhado um papel relevante no plano do ataque de 7 de outubro. “Para além de Hamdan, vários comandantes do Hamas também foram mortos em ataques relacionados”, disseram. As IDF informaram hoje que o avião israelense atingiu na segunda-feira (9) à noite os principais terroristas do Hamas que operavam a partir de um centro de comando e controle dentro da zona humanitária de Al-Mawasi, eme Khan Younis, no sul de Gaza.
 
Entretanto, o Hamas negou a presença de seus combatentes nesta zona humanitária de Khan Younis. 
 
Segundo o Ministério da Saúde da Autoridade Palestina pelo menos até agora 41.020 pessoas morreram e 94.925 ficaram feridas nos ataques israelenses à Faixa de Gaza.
 
ONU apela por cessar-fogo
 
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, mais uma vez exigiu um cessar-fogo imediato entre Israel e o Hamas e garantiu que o nível de sofrimento em Gaza é sem precedentes no seu mandato. “Nunca vi tanto nível de morte e destruição como estamos vendo em Gaza nos últimos meses”, lamentou. 
 
Guterres, além disso, indicou ser irrealista considerar que o governo de Israel poderá aceitar que a ONU desempenhe um papel no futuro de Gaza, quer na administração do território ou no envio de uma força internacional de manutenção da paz. Mas, afirmou que as Nações Unidas estarão disponíveis para apoiar qualquer cessar-fogo que ponha fim ao conflito e avançou que a organização já ofereceu os observadores desarmados da Organização de Supervisão de Tréguas das Nações Unidas para o Oriente Médio.
 
“É claro que estaremos prontos para fazer tudo o que a comunidade internacional nos pediu. A questão é se as partes aceitariam isso e, em particular, se Israel o aceitaria”, acrescentou.
 
O chefe da ONU acredita que a criação de dois estados não é apenas viável, mas é a única solução para o conflito de décadas entre Israel e a Palestina. “Não creio que se possam ter dois povos a viver juntos se não estiverem em bases de igualdade e respeito mútuo dos seus direitos. Portanto, a solução de dois Estados é, em minha opinião, uma obrigação se quisermos ter paz no Oriente Médio”, defendeu.

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