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UE anuncia empréstimo de 35 bilhões de euros para Ucrânia com ativos russos congelados

Os Estados-membros da UE ainda devem aprovar a proposta

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen (E), fala durante uma conferência de imprensa conjunta com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky

A União Europeia (UE) pretende emprestar 35 bilhões de euros (39 bilhões de dólares, 211 bilhões de reais) à Ucrânia, obtidos com lucros dos ativos russos congelados na Europa, anunciou nesta sexta-feira (20) em Kiev a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

 

"Tenho a satisfação de anunciar que a Comissão adotou as propostas que permitirão à União Europeia emprestar 35 bilhões de euros à Ucrânia", afirmou em uma entrevista coletiva ao lado do presidente ucraniano, Volodimir Zelensky.

 

"É um grande avanço", acrescentou.

 

"Agora, temos confiança de que podemos conceder este empréstimo à Ucrânia muito rapidamente", afirmou Von der Leyen, que visita Kiev para oferecer o apoio da UE à Ucrânia antes da chegada do inverno (hemisfério norte, verão no Brasil).

 

Os Estados-membros da UE ainda devem aprovar a proposta, mas o procedimento será acelerado, segundo uma fonte do bloco europeu que pediu anonimato.

 

O empréstimo será entregue sem nenhuma condição e poderá ser integrado diretamente ao orçamento nacional ucraniano, segundo a mesma fonte.

 

Quase 200 bilhões de euros (223 bilhões de dólares, 1,2 bilhão de reais) de ativos russos foram congelados na UE após o início da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022.

 

Quase 90% dos ativos estão na Bélgica, sede do organismo internacional de depósitos Euroclear.

 

Os 27 países do bloco alcançaram um acordo em maio para utilizar os juros gerados pelos ativos congelados do Banco Central russo.

 

A expectativa é de uma liberação de entre 2,5 e 3 bilhões de euros por ano para ajudar a Ucrânia a obter armamento e a financiar a reconstrução após a guerra.

 

Os países do G7 anunciaram um acordo para um empréstimo global de até 50 bilhões de euros para a Ucrânia, financiado com juros obtidos com os ativos russos congelados.

 

A decisão foi difícil devido às garantias exigidas pelos Estados Unidos. Washington queria garantir que os ativos russos permaneceriam congelados para evitar qualquer interrupção no financiamento.

 

O congelamento dos ativos russos na Europa depende de um regime de sanções que os 27 devem renovar a cada seis meses. A Comissão Europeia propôs que o bloqueio de ativos russos seja renovado a cada três anos a partir de agora.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco