ORIENTE MÉDIO

Exército israelense intensifica bombardeios no Líbano

O Exército israelense relatou uma operação "seletiva e limitada" no sul, assim como um "combate corpo a corpo" com o Hezbollah
Por: AFP

Publicado em: 13/10/2024 09:27 | Atualizado em: 13/10/2024 09:29

bombardeios ocorrem dentro e fora dos redutos do movimento islamista libanês Hezbollah (foto: AFP)
bombardeios ocorrem dentro e fora dos redutos do movimento islamista libanês Hezbollah (foto: AFP)

Israel intensificou os seus bombardeios aéreos no Líbano neste domingo (13), dentro e fora dos redutos do movimento islamista libanês Hezbollah, com o qual trava combates por terra em setores próximos da fronteira no sul do país. 

 

O Hezbollah indicou que repeliu neste domingo duas tentativas de infiltração de tropas israelenses. 

 

Segundo a milícia pró-iraniana, os seus combatentes detonaram dispositivos explosivos contra soldados israelenses que "os confrontaram quando tentaram se infiltrar" perto da cidade libanesa de Ramia. 

 

Afirmou também que atacou soldados israelenses em Marun al Ras, alguns quilômetros a leste, e que bombardeou uma base militar israelense ao sul da cidade de Haifa. Além disso, pela primeira vez, o movimento relatou combate corpo a corpo com soldados israelenses em uma aldeia no sul do Líbano. 

 

Por sua vez, o Exército israelense relatou uma operação "seletiva e limitada" no sul, assim como um "combate corpo a corpo" com o Hezbollah. Também anunciou ter capturado um combatente da milícia em um túnel, "destruído [sua] infraestrutura ao longo da fronteira" e matado "dezenas" de combatentes.

 

O Hezbollah abriu uma frente contra Israel em outubro de 2023 para apoiar o seu aliado, o Hamas, na guerra na Faixa de Gaza, desencadeada após o ataque mortal do movimento islamista palestino em solo israelense em 7 de outubro daquele ano. 

 

Depois de enfraquecer o Hamas em Gaza, Israel transferiu a maior parte das suas operações para a frente libanesa em setembro, com o objetivo de afastar o Hezbollah das zonas fronteiriças e permitir o retorno de cerca de 60.000 israelenses que tiveram que abandonar as suas casas no norte de Israel, devido ao lançamento de foguetes do grupo xiita. 

 

Mas neste domingo, o Exército disse ter interceptado cinco projéteis vindos do Líbano.

 

 

Mesquita destruída

 

Israel intensificou os seus bombardeios aéreos desde a meia-noite passada, segundo a agência de notícias oficial libanesa Ani, assim como os disparos contra cidades do sul do país, um reduto tradicional do Hezbollah. 

 

Um bombardeio "por volta das 03h45" (horário local) destruiu "completamente" uma antiga mesquita no centro da aldeia de Kfar Tibnit, acrescentou. 

 

A Cruz Vermelha libanesa informou que vários dos seus socorristas ficaram feridos neste domingo em um bombardeio de uma casa no sul, para onde foram enviados "em coordenação" com a força de paz da ONU no Líbano (Unifil). 

 

A frente que o Hezbollah abriu contra Israel há um ano transformou-se em uma guerra aberta em 23 de setembro, com intensos bombardeios israelenses contra redutos do Hezbollah no Líbano, que mataram o líder do movimento, Hassan Nasrallah.

 

 

Ofensiva em Jabaliya

 

Depois de mais de um ano de combates, Israel continua a sua ofensiva em Gaza, território governado pelo Hamas. 

 

O Exército bombardeia principalmente a região de Jabaliya, no norte, onde acusa o Hamas de reorganizar as suas forças. 

 

Neste domingo, o Exército indicou que eliminou "dezenas de terroristas" neste setor e atacou "40 alvos terroristas". 

 

O ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 em solo israelense causou a morte de 1.206 pessoas, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelenses e que inclui reféns mortos ou assassinados em cativeiro em Gaza. 

 

Ao menos 42.227 palestinos, a maioria civis, morreram na ofensiva israelense no território, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, considerados confiáveis pela ONU.

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