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G20 aprovou fundo proposto pelo Brasil para florestas tropicais

O apoio foi unânime entre 20 maiores economias

O Brasil pretende e estima captar inicialmente 25 bilhões de dólares

Os países do bloco G20 declararam apoio total à proposta do Brasil, feita na conferencia da Organização das Nações Unidas sobre o clima (COP28), em 2023, na criação de um fundo internacional para ajudar os países menos desenvolvidos a proteger as florestas tropicais.

 

O apoio unânime das 20 maiores economias globais à iniciativa foi divulgado na quinta-feira (3) em um comunicado conjunto pelos ministros do Meio Ambiente e do Clima do grupo, depois de três dias de reuniões realizadas no Rio de Janeiro.

 

O documento, com compromissos dos ministros em relação ao combate às alterações climáticas e aos problemas ambientais, será submetido à apreciação dos chefes de Estado na cúpula do G20 que acontece no Rio, nos dias 18 e 19 de novembro.

 

“Encorajamos mecanismos inovadores que procurem mobilizar novas e diversas fontes de financiamento e reconhecemos que se trata de uma ferramenta inovadora para a conservação das florestas”, afirmaram os ministros no comunicado.

 

A ministra do Brasil do Meio Ambiente, Marina Silva, disse que o fundo continuará a ser negociado, mas agora conta com o apoio do G20. “Este é um apoio importante para avançarmos com a iniciativa”, acrescentou João Paulo Capobianco, vice-ministro brasileiro do Meio Ambiente, que destacou a perspectiva de poder lançar o fundo já na COP30, que ocorrerá em Belém, no Pará, em 2025.

 

Capobianco assinalou que a proposta requer apoio mundial e não apenas dos países com florestas tropicais que seriam beneficiados, mas ainda das nações desenvolvidas que investiriam no fundo.

 

Em outra reunião de ministros da Economia do G20, em julho deste ano, os Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Noruega, Singapura e Emirados Árabes Unidos já se comprometeram a contribuir para criar o fundo.

 

O Brasil pretende e estima captar inicialmente 25 bilhões de dólares de países interessados em participar no mecanismo, que receberão uma remuneração mínima pelos seus recursos, além dos créditos de carbono.

O fundo iria depois lançar títulos nos mercados internacionais para investidores que teriam um rendimento ligeiramente superior à oferecida pela dívida pública de países como os Estados Unidos.

 

O fundo iria pagar anualmente cerca de quatro dólares por cada hectare de floresta preservada a cerca de 80 países com florestas tropicais que cumpram os requisitos, tendo principalmente o desmatamento sob controle.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco