GUERRA

Hamas afirma que morte dos seus líderes não é o fim do grupo

O chefe das relações políticas e internacionais do Hamas afirmou que o grupo se torna mais forte e mais popular a cada assassinato de líderes anteriores

Publicado em: 18/10/2024 11:01

 (Foto: AFP/Arquivos)
Foto: AFP/Arquivos
Nesta sexta-feira (18), o chefe das relações políticas e internacionais do gabinete político do Hamas, Basem Naim, ‘admitiu em parte’ a morte do líder do Hamas, Yahya Sinwar, eliminado em uma operação militar em Rafah, no sul da Faixa de Gaza. Apesar de primeiramente citá-lo e depois excluir especificamente o seu nome na mensagem.
 
"Parece que Israel pensa que matar os nossos líderes significa o fim do nosso movimento e da luta do povo palestino. O Hamas é um movimento liderado por pessoas que procuram a liberdade e a dignidade e que não pode ser eliminado", disse Naim.
 
No entanto, ainda destacou que o grupo sairá eventualmente vitorioso e se torna mais forte e mais popular a cada assassinato de líderes anteriores. Esta é a primeira declaração do Hamas depois de Israel ter anunciado a morte de Sinwar, embora não haja a confirmação explicita da eliminação de seu líder.
 
“É doloroso e angustiante perder pessoas queridas, especialmente líderes extraordinários como os nossos. Parece que Israel acredita que matar os nossos líderes significa o fim do nosso movimento e da luta do povo palestino. Mas o que temos é a certeza de que acabamos por sair vitoriosos. Este é o resultado para todas as pessoas que lutaram pela sua liberdade.”, declarou Naim.
 
Já o grupo xiita libanês Hezbollah emitiu um comunicado, após a confirmação da morte de Sinwar por Tel Aviv, que agora começa uma nova fase de escalada no confronto contra Israel, que se refletirá no desenvolvimento dos acontecimentos nos próximos dias.
 
Por sua vez, as Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram a morte de um comandante do Hezbollah, Mohammad Hussein Ramal, durante um ataque a Taybeh, no sul do Líbano. O exército israelense também informou hoje que 15 projéteis explosivos foram lançados a partir do Líbano que fizeram soar os alarmes nas zonas de Haifa e na Galileia, no norte do país.