Um alto dirigente do Hamas, Taher al-Nunu, anunciou hoje que o grupo rejeita quaisquer propostas para uma suspensão temporária dos combates na Faixa de Gaza e pediu que se chegue antes a um cessar-fogo duradouro.
“A ideia de uma pausa temporária na guerra, apenas para retomar a agressão mais tarde, é algo em que já tomamos a nossa posição. O Hamas apoia um fim permanente da guerra, não um fim temporário”, declarou al-Nunu.
Os representantes dos países mediadores que tentam alcançar a paz na região devem fazer uma proposta para que a pausa no conflito dure menos de um mês, disseram fontes sob anonimato.
Já o presidente egípcio, Abdel Fattah El-Sisi, se reuniu com o diretor da CIA, William Burns, no Cairo, também para discutir a situação em Gaza e ainda no Líbano. As conversações se concentram nos esforços para alcançar um acordo de cessar-fogo e reféns em Gaza, assim como o aumento da ajuda humanitária para o território palestino. Os Estados Unidos também pressionam para um acordo de cessar-fogo nas duas frentes da guerra e que Israel intensifique e facilite a entrada de mais ajuda humanitária a Gaza.
Sisi sublinhou a Burns a necessidade urgente de um cessar-fogo no Líbano, apontou ainda um comunicado da presidência egípcia.
Enquanto isso, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse aos enviados e negociadores norte-americanos Amos Hochstein e Brett McGurk, que qualquer discussão para um cessar-fogo com grupo xiita libanês Hezbollah terá como prioridade a segurança de Israel.
"A questão principal é a capacidade e a determinação de Israel em fazer cumprir o acordo e impedir qualquer ameaça à sua segurança por parte do Líbano para permitir o regresso das pessoas deslocadas ao norte do país. As discussões se centraram nos desafios e oportunidades estratégicas na região, nos acordos de segurança relacionados com a zona norte israelense e no Líbano. Netanyahu abordou também o conflito em curso na Faixa de Gaza. O governante insistiu na necessidade de garantias sobre a libertação dos reféns ainda retidos no enclave palestino pelo grupo extremista Hamas", indicou o gabinete governamental de Tel Aviv.
Mas, mantendo a pressão militar, o exército israelense realiza ataques incessantes no território palestino sitiado de Gaza, sobretudo na sua fronteira sul, e no sul do Líbano, principalmente na sua fronteira norte.
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