De acordo com fontes próximas às autoridades de Israel, que pediram anonimato, a delegação israelense já apresentou aos representantes dos países mediadores, Estados Unidos, Catar e Egito, uma nova proposta de trégua na Faixa de Gaza, antes do início da nova rodada de negociações em Doha, que acontece no próximo domingo. Mas, o plano ainda será discutido entre as equipes e apresentado ao Hamas.
O governo de Tel Aviv anunciou na quinta-feira (24) que enviaria no fim de semana ao Catar uma delegação sob o comando do chefe dos serviços secretos israelenses (Mossad), David Barnea, para retomar as negociações do cessar-fogo na Faixa de Gaza e a libertação de reféns. Além de Barnea, as conversações vão ter a participação do novo chefe dos serviços secretos egípcio, Hassan Mahmoud Rashad, o diretor da CIA, William Burns, e o primeiro-ministro catari, Mohammed ben Abdelrahmane Al-Thani, interlocutor do Hamas.
A nova proposta de Israel, segundo as fontes, prevê três fases, sendo que a primeira incluiu um cessar-fogo temporário e a retirada das forças israelenses da passagem de Rafah, que liga o sul de Gaza ao Egito, além da libertação dos reféns vivos em troca da liberdade de um grupo de prisioneiros palestinos das prisões israelenses.
Já a segunda etapa abarcaria a saída das tropas do Corredor de Netzarim, que divide o enclave de norte a sul, e também a troca da maioria dos corpos dos reféns mortos pelos corpos dos combatentes do Hamas.
A fase final envolve o comprometimento de Israel em retirar as suas forças do Corredor de Filadélfia, fronteira entre Gaza e Egito, e do norte da Faixa, sob a condição de que uma coligação árabe e da Autoridade Palestina supervisione estas zonas. O exército israelense, além disso, entregaria o corpo do líder do Hamas, Yahya Sinouar, recentemente morto.
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