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Negociação de cessar-fogo em Gaza será retomada em Doha

Desde uma breve trégua há quase 11 meses, as sucessivas rodadas de negociações sobre Gaza não tiveram quaisquer resultados

Manifestantes marcham com retratos de reféns israelenses durante manifestação das famílias dos reféns capturados na Faixa de Gaza

O governo de Tel Aviv anunciou que enviará no fim de semana o chefe dos serviços secretos israelenses (Mossad), David Barnea, ao Catar para retomar as negociações para um cessar-fogo na Faixa de Gaza e a libertação de reféns.
 
"O chefe da Mossad deverá se deslocar a Doha este fim de semana. Uma equipe de negociadores norte-americanos irá ao Catar juntamente com uma delegação de negociadores israelenses e discutirão a forma de fazer avançar estas negociações", disse um porta-voz do gabinete do primeiro-ministro de Israel.
 
Além de Barnea, as conversações devem incluir a participação do novo chefe dos serviços secretos do Egito, Hassan Mahmoud Rashad, o diretor da CIA, William Burns, e o primeiro-ministro do Catar, Mohammed ben Abdelrahmane Al-Thani, interlocutor do Hamas, uma vez que o grupo não vai estar diretamente envolvido nas discussões.
 
"Houve trocas de impressões com representantes do gabinete político do Hamas em Doha. Ainda não é claro como vamos proceder no futuro”, acrescentou o porta-voz apos uma reunião do Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, com o premiê israelense.
 
Blinken também declarou que esperava que os negociadores se reunissem nos próximos dias para tentar alcançar uma trégua em Gaza, apelando mais uma vez a Israel e ao Hamas para que cheguem a um acordo.
 
Desde uma breve trégua, há quase 11 meses, durante a qual foram libertadas dezenas de reféns detidos em Gaza, as sucessivas rodadas de negociações sobre Gaza não tiveram quaisquer resultados. As conversações sobre um cessar-fogo estão suspensas há quase três meses. As últimas reuniões ocorreram em agosto, no Cairo e em Doha, com base num plano apresentado no final de maio pelo presidente norte-americano, Joe Biden.
 
Depois de meses defendendo este plano, Blinken afirmou hoje que agora Washington  estuda novas possibilidades para acabar com a guerra. "Estamos a considerar diferentes opções. Ainda não determinamos se o Hamas está pronto para se comprometer, mas o próximo passo é reunir os negociadores. Nos próximos dias saberemos certamente mais”, adiantou.
 
Com a morte do líder palestino do Hamas, Yahya Sinwar, e mentor do ataque do grupo no dia 7 de outubro de 2023 contra Israel, reacendeu as expectativas de reiniciar as conversações, já que Sinwar era considerado um obstáculo nas negociações conduzidas com os países mediadores, EUA, Catar e Egito.
 
O chefe da diplomacia dos EUA ainda disse hoje que será destinado uma ajuda suplementar de 135 milhões de dólares aos palestinos em Gaza e da Cisjordânia.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco