OTAN

Novo líder da OTAN diz que Ucrânia é uma das prioridades da aliança militar

Mark Rutte, declarou que não pode haver segurança duradoura na Europa sem uma Ucrânia forte e independente

Publicado em: 02/10/2024 14:10

Rutte também destacou que ser essencial manter a OTAN forte 
 (Crédito: JOHN THYS / AFP)
Rutte também destacou que ser essencial manter a OTAN forte (Crédito: JOHN THYS / AFP)
Ao tomar posse como o novo secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Mark Rutte, declarou que não pode haver segurança duradoura na Europa sem uma Ucrânia forte e independente. 

“O custo de apoiar a Ucrânia é muito, muito menor do que o custo que enfrentaríamos se permitirmos que Putin conseguisse o que quer”, afirmou, acrescentando seu compromisso de que o lugar legítimo da Ucrânia é na Aliança militar.

Rutte também destacou que ser essencial manter a OTAN forte e garantir que as defesas permanecem eficazes e credíveis contra todas as ameaças. “Precisamos de mais forças, mais bem equipadas; uma indústria de defesa transatlântica mais robusta; aumento da capacidade de produção de defesa; maior investimento em inovação, e cadeias de abastecimento seguras.

Mas para realmente adequarmos as nossas capacidades às nossas necessidades, precisamos de gastos significativamente maiores com a defesa”, declarou, anunciando que vai trabalhar com os aliados para garantir investimentos suficientes nas áreas certas.

Sobre os candidatos a presidência dos Estados Unidos, Rutte indicou que já conversou com a democrata Kamala Harris e com o republicano Donald Trump e que ambos estão alinhados na necessidade de reforçar a OTAN. No entanto, reconheceu que será uma tarefa árdua assegurar que continuamos todos unidos, mas vamos permanecer porque é preciso. 

“Eles entendem que a Aliança é crucial não só para a Europa, é crucial para a sua própria defesa e segurança. Se a Rússia tiver sucesso e aumentar a sua influência nesta parte do mundo, isso vai ser uma ameaça à própria segurança do EUA”, apontou.

“Outra prioridade é reforçar as parcerias da OTAN com a União Europeia, e com países de todo o mundo que partilham os nossos interesses e valores. 

Aumentaremos também o nosso envolvimento com parceiros nas regiões do Oriente Médio, do Norte de África e do Sahel para promover a estabilidade na nossa vizinhança meridional e reforçaremos a cooperação com os nossos parceiros do Indo-Pacífico”, prometeu.

Jens Stoltenberg, que esteve à frente da organização durante uma década, ressaltou que a Aliança está em boas mãos e que Rutte, ex-primeiro-ministro da Holanda, possui toda a experiência para ser um grande secretário-geral. 

O chefe da Aliança Atlântica ainda disse que deve haver consequências para a reputação da China, por alimentar o maior conflito na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. 
Por outro lado, o Kremlin expressou que não espera nada de novo da OTAN após Rutte assumir o cargo.