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Novo líder do Hezbollah diz que seguirá o mesmo plano de guerra do antecessor

Naim Qassem substitui Hassan Nasrallah, que foi eliminado há mais de um mês num ataque israelense

Naim Qassem, novo líder do Hezbollah

Nesta quarta-feira (30), o novo líder do Hezbollah, Naim Qassem, declarou em seu primeiro discurso que o grupo vai dar continuidade com o mesmo plano de guerra contra Israel do seu antecessor, Hassan Nasrallah, que foi eliminado há mais de um mês num ataque israelense.
 
"A agenda de trabalho é a mesma de Nasrallah. Continuamos com o mesmo plano de guerra. A Faixa de Gaza, o Líbano e outras regiões do Oriente Médio enfrentam uma guerra israelense, norte-americana e europeia com todo o seu poder. Sempre dissemos que não queremos a guerra, mas estamos preparados no caso de nos imporem e faremos isso com firmeza e triunfaremos, se Deus quiser”, disse Qassem, afirmando que o único objetivo do Hezbollah é proteger o Líbano e apoiar à Palestina.
 
Num tom calmo, o clérigo septuagenário denunciou que na Faixa de Gaza está sendo cometido um genocídio e lembrou que Nasrallah sempre prometeu que o grupo cessaria os seus ataques a Israel se fosse alcançada uma trégua em Gaza. "Mais de 43 mil mártires não abalam o mundo? Cem mil feridos não abalam o mundo? Nem o assassinato de crianças? Este crime deve ser enfrentado", exigiu.
 
Qassem também admitiu que o seu grupo paga o preço pelas suas convicções de liberdade, em referência às dezenas de mortes de altos membros do Hezbollah. No entanto, insistiu na necessidade de o grupo responder à brutalidade de Israel em Gaza e no Líbano.
 
O novo dirigente ainda reconheceu que o Irã "apoia" o Hezbollah, mas insistiu que o governo de Teerã não quer nada em troca, somente a libertação das terras libanesas. "Damos as boas-vindas a qualquer país árabe, islâmico ou do mundo que nos queira apoiar. Não dizemos não a quem nos apoia no mundo, seja ocidental, árabe ou quem quer que seja. Não diremos que não", garantiu.
 
As forças de Israel invadiram o Líbano após semanas de bombardeios e ataques contra o país, incluindo a explosão coordenada de milhares de aparelhos de comunicação, apos quase um ano de combates e troca de fogo cruzado com o Hezbollah na zona fronteiriça.
 
Já Teerã lidera o chamado "Eixo da Resistência", a aliança informal anti-Israel, a qual pertence, além do Hezbollah, o Hamas, os Houthis, do Iêmen, e milícias islâmicas no Iraque e na Síria.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco