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Após mais de dois meses, Rússia volta a fazer ataque massivo a Kiev

O secretário de Estado norte-americano, Anthony Blinken, defendeu uma resposta firme à entrada de tropas da Coreia do Norte na guerra russa contra a Ucrânia

Ataque aéreo russo na Ucrânia

O governo ucraniano fez um alerta a todo o país nesta quarta-feira (13) de um intenso ataque aéreo russo, no momento em que a capital também enfrentava uma massiva ofensiva.

 

"Putin está lançando um ataque com mísseis contra Kiev", disse Andriy Yermak, chefe de gabinete do presidente da Ucrânia.

 

A Força Aérea da Ucrânia já tinha anteriormente advertido para a entrada no espaço aéreo do país de mísseis cuja trajetória indicava como alvo Kiev e aconselhou a população a ir para os abrigos. Foram ouvidas diversas explosões na capital, mas até agora não há para já registros de vítimas ou danos.

Segundo as autoridades militares ucranianas, esse é o primeiro bombardeio com mísseis balísticos e de cruzeiro contra Kiev desde o final de agosto.  

 

Já o ataque russo de hoje contra a capital ucraniana acontece três dias após a região de Moscou ter sido alvejada de um bombardeio com uma escala sem precedentes desde o início do conflito armado. As autoridades russas comunicaram que abateram 34 drones no domingo, numa onda que causou um ferido. “Horas antes, a Ucrânia tinha sido alvo de um ataque de 145 drones russos, um número recorde”, contou o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.

 

 

EUA quer reação firme à presença de tropas norte-coreanas 

 

O secretário de Estado norte-americano, Anthony Blinken, defendeu hoje uma resposta firme à entrada de tropas da Coreia do Norte na guerra russa contra a Ucrânia.

 

"As forças norte-coreanas estão literalmente em combate e este novo elemento exige uma resposta firme, que será obtida", disse, depois de um encontro em Bruelas com Mark Rutte, secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Rutte alertou que a entrada da Coreia do Norte no conflito representa uma ameaça suplementar, tanto para os EUA, como para o Japão e a Coreia do Sul, uma vez que Moscou fornece armas a Pyongyang em troca do acordo militar que foi estabelecido entre os dois países. O chefe da Aliança Atlântica acrescentou ainda ser imperativo  aumentar a produção na defesa.

 

Blinken destacou também a necessidade de serem reforçadas as parcerias com países da região do Pacífico.  “Há que fazer mais para garantir que a Ucrânia pode continuar a combater e repelir a ameaça russa. A administração Biden vai usar todos os dias até o final do mandato para ajudar a Ucrânia", garantiu Blinken.

 

Por outro lado, o chefe da diplomacia da União Europeia, Jospeh Borrell, afirmou que é essencial evitar um acordo entre o presidente eleito norte-americano Donald Trump e Vladimir Putin que deixe a UE e a Ucrânia de fora. “Esse tipo de acordo deve ser rejeitado”, ressaltou.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco