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Em 48 horas, mais de 50 crianças morrem em Gaza

Últimos dados do Ministério da Saúde do enclave revelam que o conflito já matou 43.341 palestinos e outros 102.105 ficaram feridos

Homem palestino reage diante do corpo de uma criança morta em um ataque israelense, no hospital Nasser em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza

De acordo com o comunicado pelas autoridades de saúde da Faixa de Gaza, em 48 horas, mais de 50 crianças morreram em bombardeios a dois prédios residenciais. Também trinta e uma pessoas morreram no último domingo (3), num ataque israelense no norte do enclave, além de haver dezenas de feridos. 
 
Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), 14 mil crianças teriam sido mortas na guerra. "Dia após dia, as crianças estão pagando o preço por uma guerra que elas não começaram. A maioria delas perdeu um ente querido em circunstâncias muitas vezes terríveis.", declarou Jonathan Crickx, porta-voz da Unicef.
 
A ONU estima que quase todas as crianças em Gaza, aproximadamente um milhão, necessitam de assistência de saúde mental e alertou que aproximadamente cem mil pessoas ainda permanecem sitiadas nos campos de refugiados de Jabalia, Beit Lahia e Beit Hanoun sob bombardeios indiscriminados e privados de alimentos, água e cuidados médicos.
 
O gabinete de comunicação de Gaza também afirmou hoje que todos os hospitais do norte estão praticamente fora de serviço, em meio a ofensivas incessantes e de um cerco militar que impede o acesso à ajuda humanitária, incluindo material médico. O gabinete disse na rede social Telegram que 1.800 pessoas foram mortas e quatro mil ficaram feridas no norte do território palestino somente no mês passado. O comunicado acrescentou que as equipes de defesa civil foram atingidas durante o serviço e que algumas delas foram detidas ou impedidas de trabalhar, o que não permitiu retirar corpos sob os escombros.
 
Hoje, a Alemanha apelou a Israel para que permita a entrada de mais ajuda humanitária no norte da Faixa de Gaza, onde a falta de fornecimentos conduziu a uma situação “desesperada” e “insuportável”, afirmou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores alemão. “Apelamos ao governo israelense para que cumpra urgentemente as suas responsabilidades ao abrigo do direito internacional”, disse o porta-voz.
 
Os últimos dados do Ministério da Saúde do enclave revelam que o conflito já matou 43.341 palestinos e outros 102.105 ficaram feridos.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco