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Israel confirma que atingiu programa nuclear do Irã

A aviação israelense matou quatro militares e um civil na ofensiva de 26 de outubro

Netanyahu também alertou que se Teerã conseguir adquirir armas nucleares, todas as conquistas cairão por terra

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, confirmou que um componente do programa nuclear do Irã foi atingido na última onda de ataques israelenses no país. "Não é segredo para ninguém. Um elemento do programa nuclear foi visado nesta ofensiva. O nosso ataque afetou os mísseis do eixo xiita. O Irã pode responder a qualquer momento, mesmo neste preciso momento, mas este ataque nos aproxima do alvo. É uma grande ameaça para a nossa existência, para os acordos de paz, para a paz mundial. Estamos sendo testados para impedir o Irã nuclear", afirmou o premiê.

Netanyahu também alertou que se Teerã conseguir adquirir armas nucleares, todas as conquistas cairão por terra.

A aviação israelense matou quatro militares e um civil na ofensiva de 26 de outubro, com bombardeios em resposta ao ataque de mísseis iranianos no dia 1 de outubro, durante o qual foram disparados cerca de 180 mísseis balísticos no território de Israel. Estes ataques iranianos foram descritos pelo governo de Teerã como uma retaliação ao assassinato de vários líderes de grupos armados aliados do país na região.

Na ocasião, exército israelense também admitiu que diversas das suas bases aéreas foram atingidas, apesar de ter negado danos significativos e se recusado a dar detalhes sobre a porcentagem de intercepções.

Netanyahu reiterou ainda a sua rejeição de qualquer acordo de tréguas na Faixa de Gaza, que somente permitiria ao Hamas se manter no poder. "A única coisa que o Hamas quer é um acordo para acabar com a guerra e a retirada das forças israelenses de Gaza para se manter no poder. Não estou disposto a fazer isso de forma alguma", disse.

Segundo a mídia local, o líder israelense assegurou que o Hamas busca tirar partido da pressão que o seu governo está sendo sujeito para conseguir um acordo de cessar-fogo mais favorável, algo que, de acordo com Netanyahu, não irá acontecer. Já as negociações de trégua estão paralisadas desde, pelo menos, o final de agosto. Mas, Netanyahu prometeu que a estratégia é de vitória e inclui a libertação dos reféns. “Também vamos conseguir isso. Vamos resgatar mais dezenas de reféns e espero que seja num futuro próximo", prometeu, acrescentando criticas ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, por ter se oposto aos seus principais planos de guerra em Gaza e às suas decisões de atacar o Irã.

O primeiro-ministro reforçou que Israel conduzirá operações militares contra o Hezbollah mesmo em caso de acordo de trégua no Líbano. "O mais importante não é o que está no papel se houver um acordo, mas o fato de que teremos a obrigação, para garantir a segurança no norte de Israe, de realizar sistematicamente operações contra os possíveis ataques do Hezbollah, mas também operações para impedir o seu fortalecimento, mesmo após um cessar-fogo. Nada prova que este acordo será respeitado pelo Hezbollah", declarou.

Tel Aviv também reivindicou na segunda-feira (18) um ataque que matou o porta-voz do Hezbollah, que segundo as autoridades israelenses, era responsável por "terror psicológico" e "terrorismo" contra Israel.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco