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Israel diz que existem progressos para um cessar-fogo no Líbano

Segundo o jornal Times of Israel, o presidente israelense, Isaac Herzog, se reunirá com o homólogo dos Estados Unidos, Joe Biden, na terça-feira (12)


O novo chefe da diplomacia de Israel, Gideon Saar, reconheceu hoje que a alguns progressos em relação a um cessar-fogo no Líbano, onde as forças israelenses lançaram uma ofensiva militar contra o Hezbollah em meados de setembro.
 
"Há alguns progressos. Estamos trabalhando neste assunto com os norte-americanos. Estaremos prontos para participar se soubermos, em primeiro lugar, que o Hezbollah não se encontra na nossa fronteira, a norte do rio Litani, e que o grupo não poderá se abastecer com novos sistemas de armamento”, afirmou Saar reiterando que estão sendo feitos esforços diplomáticos através da mediação dos EUA.
 
Segundo o jornal Times of Israel, o presidente israelense, Isaac Herzog, se reunirá com o homólogo dos Estados Unidos, Joe Biden, na terça-feira (12).
 
Além disso, o Departamento de Estado dos EUA comunicou que o ministro israelense dos Assuntos Estratégicos, Ron Dermer, vai se encontrar com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, hoje em Washington.
 
Mas, o ministro das Relações Exteriores israelense também acrescentou que a criação de um Estado palestino não é para já um projeto realista nos planos do seu país em meio à guerra na faixa de Gaza. “Um Estado palestino seria um Estado do Hamas”, alegou. 
 
Por sua vez, o ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, admitiu que seu país deve tomar a Cisjordânia no próximo ano. Smotrich ainda atua como supervisor da defesa dos colonos na Cisjordânia e apontou que espera que a próxima administração norte-americana reconheça a soberania israelense na região.
 
Por outro lado, o Hezbollah disse que não recebeu qualquer proposta oficial de cessar-fogo. O porta-voz do grupo xiita libanês, Mohammed Afif, afirmou ainda que dispõe de armas e suprimentos suficientes para travar uma longa guerra com Israel. Afif assegura que as tropas israelenses não conseguiram manter o território seis semanas após a sua invasão terrestre,se  referindo a tentativa de Israel na semana passada para entrar na cidade meridional de Khiam fracassou. “Enquanto não conseguirem controlar áreas no terreno, não conseguirão atingir os objetivos políticos”, completou.
 
Já o primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati, anunciou a criação de um fundo de reconstrução para ajudar os deslocados do país que será supervisionado pela Organização das Nações Unidas. Mikati apelou também aos países para que continuem a enviar ajuda diante da crise sem precedentes que o Líbano vivencia. “A agressão israelense causou graves perdas humanas, para além das repercussões econômicas, agravando ainda mais a tragédia, e o Banco Mundial estimou as perdas em 8,5 bilhões de dólares”, garantiu o primeiro-ministro.
 
Os ataques israelenses já provocaram 3.243 mortos no Líbano, 14.134 feridos e mais de um milhão de deslocados. Os dados divulgados nesta segunda-feira (11) são do Ministério da Saúde libanês, que ainda anunciou que nas últimas 24 horas morreram 54 pessoas e 56 pessoas ficaram feridas.
 
Israel invadiu o Líbano após semanas de ataques contra o país, apos quase um ano de combates e troca de bombardeios com o Hezbollah na zona fronteiriça. O Hezbollah, que é apoiado pelo Irã, iniciou a ofensiva contra o norte de Israel a partir do sul do Líbano em apoio ao Hamas, quando começou a guerra em Gaza.

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