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Rússia afirma que Ucrânia atacou seu território com mísseis dos EUA de longo alcance

O presidente russo, Vladimir Putin, assinou um decreto que abre caminho ao uso de armas nucleares

A decisão de Putin acontece após a permissão da Casa Branca à Kiev para a utilização de armas de longo alcance

As autoridades russas anunciaram que a Ucrânia atacou na madrugada de terça-feira (19) instalações militares na região russa de Bryansk, com seis mísseis de longo alcance ATACMS fabricados nos Estados Unidos. 

“Às 3h25, o inimigo atingiu um local na região de Bryansk com mísseis táticos ATACMS. De acordo com dados confirmados, os mísseis táticos ATACMS de fabricação norte-americana foram usados. O ataque teve como alvo uma instalação militar. Fragmentos de ATACMS caíram no território de uma instalação militar na região de Bryansk, deflagrando um incêndio, que foi extinto. Não houve baixas nem danos como resultado do ataque inimigo na região de Bryansk com os mísseis ATACMS, diz o comunicado o Ministério da Defesa da Rússia, que afirmou que cinco mísseis foram destruídos e outro foi danificado por mísseis antiaéreos russos.

No dia em que guerra na Ucrânia completou mil dias desde a invasão russa, o presidente russo, Vladimir Putin, assinou um decreto que abre caminho ao uso de armas nucleares. “Em resposta a uma agressão por qualquer Estado não nuclear, mas com a participação ou apoio de um país nuclear", anunciou.

De acordo com o decreto o documento de planejamento estratégico inclui a posição oficial sobre a dissuasão nuclear, define os perigos e ameaças militares contra os quais se pode atuar com dissuasão nuclear e garante uma resposta à agressão de um potencial inimigo, quer contra a Rússia, quer contra os seus aliados. O decreto entra em vigor a partir da assinatura do líder da Rússia. "Entre as condições que justificam o uso de armas nucleares está o lançamento de mísseis balísticos contra a Rússia", segundo o documento.

"Foi necessário adaptar os nossos fundamentos à situação atual", alegou Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, e explicou ainda que Putin considera serem ameaças realizadas pelo Ocidente contra a segurança da Rússia.

A decisão de Putin acontece após a permissão da Casa Branca à Kiev para a utilização de armas de longo alcance contra alvos no país invasor. Já o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky participou hoje por videoconferência, numa sessão do Parlamento Europeu, e garantiu que Putin está concentrado na vitória. “Ele não vai parar por si próprio. Quanto mais tempo tiver, mais as condições se deterioram", declarou.

Enquanto isso, o apoio militar à Ucrânia é o principal assunto na reunião desta terça-feira dos ministros Defesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Antes do início do encontro, o secretário-geral da Aliança Atlântica, Mark Rutte, reiterou que os planos da expansão territorial da Rússia não se limitam à Ucrânia e saudou a população ucraniana pela capacidade de resistência.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco