O presidente eleito norte-americano, Donald Trump, anunciou hoje na sua rede social Truth Social, a nomeação de Howard Lutnick, CEO da Cantor Fitzgerald e co-presidente da sua equipe de transição para a Casa Branca, como o futuro secretário do Comércio dos EUA.
“Na sua função de co-presidente da sua equipe de transiçãoTrump-Vance, Howard criou o processo e sistema mais sofisticado para nos ajudar a criar a melhor administração que a América já viu”, escreveu na plataforma.
A nomeação reforça a preferência de Trump por aliados de confiança e líderes empresariais para cargos-chave na sua nova administração. Lutnick, de 63 anos, é um componente influente do grupo de Trump, desempenhando um papel central na seleção de membros do gabinete e na definição de estratégias para o novo mandato.
Lutnick também recebeu apoio público de muitos aliados de Trump, incluindo Elon Musk, nomeado para liderar a nova Comissão de Eficiência Governamental. O multibilionário elogiou Lutnick como uma escolha que será capaz de promover mudanças reais e o descreveu como o oposto de alguém que prefere uma abordagem tradicional e estagnada aos problemas.
O próximo secretário de Comércio defendeu durante a campanha de Trump o aumento de tarifas para impulsionar a economia norte-americana, declarando que os Estados Unidos prosperaram no início do século XX quando dependiam exclusivamente de taxas alfandegárias. Esta posição está alinhada com as promessas de Trump de impor tarifas de 60% sobre produtos chineses e entre 10% e 20% sobre bens importados de outros países.
No entanto, especialistas indicam que não é desta maneira que as tarifas aduaneiras funcionam e que essa estratégia que será adotada pode ter um impacto inflacionário danoso aos EUA.
Já Lutnick, além de líder da empresa de serviços financeiros Cantor Fitzgerald, corretora de serviços financeiros especializada em patrimônio institucional, rendas fixas, investimentos e financiamento comercial, ainda atua em Wall Street há mais de 30 anos. Além disso, é membro e doador do Conselho de Administração do Memorial e Museu Nacional do 11 de setembro e da Weill Cornel Medicine. O banqueiro conquistou o título de Personalidade do Ano do jornal Financial Times, em 2001, e Empreendedor do Ano, em 2010, da multinacional Ernst &Young