Desvalorização da pesquisa e brain drain
Janguiê Diniz
Fundador e Presidente do Conselho de Administração do Grupo Ser Educacional - Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo
Publicado em: 27/05/2021 03:00 Atualizado em: 26/05/2021 20:06
Nos últimos anos, o Brasil tem registrado uma triste e perigosa realidade: a queda dos investimentos públicos em pesquisa. A diminuição do orçamento destinado à área é notada desde 2015, mas, somente em 2021, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), responsável por financiar programas de pesquisa, teve um corte de 29% de seus recursos, em relação a 2020. Essas dificuldades impostas geram também um outro quadro: o brain drain, ou fuga de cérebros.
O termo “brain drain” se refere à fuga de capital humano ou fuga de cérebros, que é a saída do país de indivíduos com aptidões técnicas ou conhecimentos relevantes. Essa evasão pode estar relacionada a fatores como falta de oportunidade, riscos à saúde e instabilidade política nos países. No caso do Brasil, a diminuição do incentivo e das bolsas de estudo influencia diretamente na questão. Órgãos como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), vinculado ao MCTI, e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), vinculada ao Ministério da Educação, vêm sofrendo com cortes orçamentários e, consequentemente, têm diminuído seus investimentos em projetos de pesquisa. Sem perspectivas, os pesquisadores acabam por buscar melhores horizontes em outros países, enfraquecendo o setor em âmbito nacional.
E quais os reflexos dessa realidade para o país que perde esses cérebros? Ele perde um grande potencial de inovações, que serão desenvolvidas por seus trabalhadores, mas para uma outra nação. Na época atual, especialmente, em que uma pandemia tem afetado tão profundamente nossa sociedade de diversas formas, perder mentes pensantes dedicadas à pesquisa é uma grande lástima, pois elas poderiam estar ajudando a resolver problemas da nossa sociedade. Por outro lado, países como os Estados Unidos, por exemplo, são grandes captadores de cérebros, por oferecerem condições de trabalho aos pesquisadores. Um reflexo a médio e longo prazos dessa evasão é a “não reposição” na pesquisa. Os mais jovens, ao verem o campo da pesquisa tão desvalorizado, acabam decidindo enveredar por outras áreas, em busca de um futuro mais seguro. E assim se vai minando a ciência no país.
É preciso levantar a consciência nos entes públicos que investir em pesquisa é investir no futuro do país, para que nos tornemos cada vez mais produtores de conhecimento e, principalmente, de soluções para as demandas da população, e não apenas importadores de tecnologias. Vivemos tempos duros, complicados, e é nesses tempos que o saber científico e a produção acadêmica são de suma relevância para o desenvolvimento de qualquer nação. Renegar essa necessidade é manter o país estagnado.
O termo “brain drain” se refere à fuga de capital humano ou fuga de cérebros, que é a saída do país de indivíduos com aptidões técnicas ou conhecimentos relevantes. Essa evasão pode estar relacionada a fatores como falta de oportunidade, riscos à saúde e instabilidade política nos países. No caso do Brasil, a diminuição do incentivo e das bolsas de estudo influencia diretamente na questão. Órgãos como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), vinculado ao MCTI, e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), vinculada ao Ministério da Educação, vêm sofrendo com cortes orçamentários e, consequentemente, têm diminuído seus investimentos em projetos de pesquisa. Sem perspectivas, os pesquisadores acabam por buscar melhores horizontes em outros países, enfraquecendo o setor em âmbito nacional.
E quais os reflexos dessa realidade para o país que perde esses cérebros? Ele perde um grande potencial de inovações, que serão desenvolvidas por seus trabalhadores, mas para uma outra nação. Na época atual, especialmente, em que uma pandemia tem afetado tão profundamente nossa sociedade de diversas formas, perder mentes pensantes dedicadas à pesquisa é uma grande lástima, pois elas poderiam estar ajudando a resolver problemas da nossa sociedade. Por outro lado, países como os Estados Unidos, por exemplo, são grandes captadores de cérebros, por oferecerem condições de trabalho aos pesquisadores. Um reflexo a médio e longo prazos dessa evasão é a “não reposição” na pesquisa. Os mais jovens, ao verem o campo da pesquisa tão desvalorizado, acabam decidindo enveredar por outras áreas, em busca de um futuro mais seguro. E assim se vai minando a ciência no país.
É preciso levantar a consciência nos entes públicos que investir em pesquisa é investir no futuro do país, para que nos tornemos cada vez mais produtores de conhecimento e, principalmente, de soluções para as demandas da população, e não apenas importadores de tecnologias. Vivemos tempos duros, complicados, e é nesses tempos que o saber científico e a produção acadêmica são de suma relevância para o desenvolvimento de qualquer nação. Renegar essa necessidade é manter o país estagnado.
MAIS NOTÍCIAS DO CANAL
MAIS LIDAS
ÚLTIMAS