As maiores pintoras de Pernambuco

João Alberto Martins Sobral
Jornalista

Publicado em: 04/02/2022 03:00 Atualizado em:

Margot Monteiro: Nasceu no Recife em 1953 e começou nas artes plásticas frequentando a Escola de Arquitetura e o Atelier da Escola de Belas Artes do Recife, elaborando pinturas, influenciada pelo academicismo, onde se percebia composições rígidas nas suas paisagens litorâneas e do campo. Em 1980, ressurgiu com um novo estilo, uma pintura moderna, bem elaborada, cheia de movimento e com excelente cromatismo. Sua bagagem técnica origina-se do aprendizado com grandes mestres nos cursos que fez de desenho, litografia, aquarela e pintura. Participou, com sucesso de várias exposições no Brasil e exterior e depois se tornou uma competente diretora do Museu do Estado de Pernambuco.

Badida: Marisa Moreira da Costa Campos nasceu em Fortaleza, mas há mais de 40 anos mora no Recife, para onde se mudou ao casar com o engenheiro pernambucano Carlos Benício Campos. O apelido, que adotou na pintura, foi criado pela  irmã, Natércia. Era 10 meses mais nova e não conseguia pronunciar ‘Marisa’, sendo ‘Badida’ o mais próximo que arrumava. Apaixonada pela literatura, era filha do escritor Moreira Campos, que foi da Academia Cearense de Letras. Começou na pintura em 1973, estudando na Escola de Belas Artes da UFPE, com Pierre Chalita. Depois, fez vários cursos no exterior e participou de muitas exposições. No quesito instalação, dá um show à parte ao impressionar pela ousadia, beleza, técnica e sensibilidade. Dona de um estilo próprio bastante marcante, seus apreciadores reconhecem qualquer de suas obras a quilômetros de distância, mesmo sem estar assinada.

Suzana Azevedo: Quando o marido, Fernando Azevedo, faleceu, ela incrementou sua carreira artística, com cursos na UFPE e na Universidade de Salamanca. É mestre em Poéticas Visuais pela Faculdade Santa Marcelina, de São Paulo, e membro efetivo da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas. Ganhou o Prêmio Mulher Tacaruna na categoria Cultura. Já realizou exposições em Portugal, Itália, Polônia e França.

Tina Gomes: Olindense, se destaca especialmente por quadros focalizando temas do folclore pernambucano, especialmente ligados ao carnaval. Fez uma coleção de muito sucesso sobre os maracatus.

Maru: Nos anos 70, fez muito sucesso com quadros de muita beleza, na linha realista, lembrando figuras ligas à história. Muitos dos seus quadros podem ser encontrados em pinacotecas particulares no Recife e no acervo de museus.

Sônia Malta: Conhecida por sua beleza, foi Miss Clube da Aeronáutica e disputou o Miss Brasil pelo Maranhão. Nascida em Garanhuns, aderiu à pintura e fez sucesso também na tapeçaria, com obras carregadas de brasilidades e trazem elementos da flora e da fauna do Brasil.  No seu tropicalismo. Não só em relação às cores vivas, quanto às cordas, fibras e caroás. Participou de várias exposições pelo país. Faleceu em 2018, quando comandava ateliê no Polo Pina.

Diana Pernambucano: Formada em Licenciatura em Artes Plásticas na UFPE nos anos 80, fez diversos cursos de artes plásticas e desenho e, durante três anos, frequentou o ateliê do Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco. Participou de várias exposições individuais e coletivas. Sua arte abstrata se expressa através do uso de cores e traços geométricos, de modo que a obra estabelece uma composição harmônica, muitas vezes assimétrica.

Ezilda Goiana: Nasceu em Floresta em 1932. Logo cedo veio morar no Recife, onde fez cursos de pintura na Escola de Belas Artes e de litografia, gravura em metal e cerâmica na Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro. Teve uma carreira de sucesso, repleta de produções com temas regionais. Atuou no campo das artes até 1919, quando faleceu aos 87 anos. Foi casada com José Aprígio Carvalho e morava numa casa linda em Aldeia, onde costumava receber amigos para reuniões animadíssimas.

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