Será que somos ocupados para a vida

Sérgio Ricardo Araújo Rodrigues
Advogado e Professor Universitário

Publicado em: 26/07/2024 03:00 Atualizado em: 25/07/2024 22:02

Recentemente li uma postagem de um grande amigo de infância Gregório Guardião indicando como o tempo passou rápido até a sua aproximação dos 50 anos e que em um momento estávamos correndo nos corredores do Colégio Santa Maria e em outro estamos ocupados com nossos afazeres, filhos e demais atribuições de uma vida corrida.

Encontrei também um grande amigo Paulo André Rodrigues de Matos em um restaurante da cidade, em um evento, e me deu um abraço e dizendo que só assim conseguíamos nos ver.

De fato, compartilho do mesmo sentimento de que o tempo se tornou um de nossos bens mais preciosos.

Uma inteligência artificial desenvolvida para modelar a linguagem escrita pode ser usada para prever eventos na vida das pessoas e até apontar a data da morte, segundo um projeto de pesquisa internacional, desenvolvido por Universidade Técnica da Dinamarca (DTU), Universidade de Copenhague (ITU) e Universidade Northeastern, nos Estados Unidos.

Os pesquisadores mostraram que usando grandes quantidades de dados a respeito da condição social e outros aspectos da vida das pessoas para treinar os chamados “modelos de transformadores”, que, assim como o ChatGPT, processam linguagem, as informações podem ser organizadas sistematicamente para prever o que acontecerá na vida de alguém e em que momento o fato pode se desenrolar — incluindo a data da morte, de acordo com a rede de Notícias CNN.

Será que é esse o tempo que quero contar, o tempo que me resta ou o tempo que me é dado?

Tenho optado por não deixar o tempo simplesmente passar, tenho lutado pela qualidade deste e procurar mais abraços, ternura e investir naquilo que possa me trazer felicidade e cuidado com minha vida futura, inclusive na dedicação ao trabalho de qualidade.

Não tenho uma máquina do tempo para saber como será o futuro, mas posso investir nele.

Que tal repensar aquela tão repetida frase: “não tenho tempo”? Pode até ser que você não o tenha, mas não se acostume com isso. Abrir mão de tudo por estar ocupado demais não pode ser uma resposta pronta.

Qual foi a última vez que você dedicou tempo para fazer algo que gosta? Acredite, há tempo! Comece com pequenas mudanças. Reveja o que é importante. Mesmo que sua carga de trabalho seja pesada, imponha limites. Reserve tempo para ser feliz.

Deixo trecho da linda canção de Renato Teixeira De Oliveira, Almir Eduardo Melke Sater, Tocando em Frente:
 
“Ando devagar
Porque já tive pressa
Levo esse sorriso
Porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte
Mais feliz quem sabe
Só levo a certeza
De que muito pouco eu sei
Eu nada sei
Conhecer as manhas e as manhãs
O sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Penso que cumprir a vida
Seja simplesmente
Compreender a marcha
E ir tocando em frente”.


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