Estética que regenera vidas

Natália Canto
Especialista em estética regenerativa

Publicado em: 17/10/2024 03:00 Atualizado em: 17/10/2024 05:06

A regeneração da pele feita pelo próprio organismo, tratando tecidos envelhecidos e estimulando a produção de colágeno. Esses são alguns benefícios da estética regenerativa, vertente inovadora da medicina regenerativa que se concentra em reparar e restaurar os tecidos da pele que sofreram com o tempo e diversas condições, como o envelhecimento e as doenças dermatológicas. A técnica tem ganhado cada vez mais adesão pelo resultado natural, porque os tecidos voltam a ter função e a estrutura semelhante a um tecido mais jovem e saudável.

Essa terapia tem sido considerada como o futuro da cosmiatria, porque visa acelerar o ritmo de regeneração das células, em um processo natural, sem riscos e com melhora progressiva da pele. Assim, a técnica tem papel fundamental de compreender e acolher pessoas que procuram intervenções estéticas para modificar a aparência externa, mas mirando, essencialmente, nas alterações e ganhos que essa decisão irá levar aos seus aspectos psicológicos relacionados à sua autoimagem corporal.

Em artigo publicado no Brazilian Journal of Development, Pereira, Bitencourt e Medeiros (2018) apresentam resultados de um estudo realizado no pós-tratamento de rejuvenescimento facial com 40 mulheres, no estado de Santa Catarina. Toda as entrevistadas associaram a relação entre os tratamentos aplicados com a elevação da sua autoestima e bem-estar. Outros estudos científicos também já apontam que intervenções estéticas podem ajudar a aliviar sintomas de ansiedade e depressão, discutindo a relação entre imagem corporal e saúde mental.

Já a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) também reforça que o conceito de saúde perpassa a ausência de doenças, mas está totalmente associado ao bem-estar físico, mental e social. Por essa razão, é possível considerar e associar o poder dos ganhos estéticos à qualidade de vida do indivíduo.

Pessoas depressivas, por exemplo, enxergam com maior alcance e dimensão os seus aspectos físicos que julgam insatisfatórios. E para garantir uma maior assertividade na condução do procedimento, o primeiro passo pode ser buscar o apoio de um profissional de saúde mental para entender as motivações desse desejo. Na sequência, desenhar uma estratégia que garanta que as expectativas estão alinhadas com a realidade, entendendo que esses procedimentos podem melhorar a aparência, mas não resolverão questões subjacentes de autoestima ou problemas emocionais específicos.

Além do rejuvenescimento, a estética regenerativa promove a melhora da qualidade da pele e pode ser utilizada no tratamento de acne, queda capilar, flacidez, regeneração global da face, entre outras indicações. Estar bem com o nosso corpo e mente é o ponto-chave para que nos sintamos mais seguros e possamos desenvolver com maior habilidade e entusiasmo nossas atividades corriqueiras.

Fortalecer a autoestima e conseguir de volta o amor próprio são importantes indicativos de um recomeço. Cuidar da estética não é só uma questão de beleza externa, é valorizar o que há de belo externamente, exaltando, principalmente, todas as belezas que também há do lado de dentro.

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