Guerras, políticas e jornais
Carlos Carvalho
Advogado
Publicado em: 30/10/2024 03:00 Atualizado em: 29/10/2024 23:17
Sejamos justos, nunca estivemos em paz. O mundo não conhece esse estado. Nos mais diversos continentes, os conflitos dilaceraram culturas, tribos e nações. O que não é “aceito”, é imposto. Viva a humanidade!
Não percamos a esperança, que foi tão bem retratada no mito de Pandora, cuja caixa uma vez aberta, todo o mal libertou. Seguiremos sofrendo enquanto o homem não modificar a cultura para a concórdia e a aceitação. Não é fácil. A vida é um eterno exercício contra as provocações.
O Brasil enfrentou e vive em declarada guerra. Economistas asseveram que a riqueza foi distribuída entre as nações, no século XVI, dividida entre o extrativismo e a reversão de riqueza, formas de colonização dos “civilizados”. Estamos no primeiro ou no segundo?
Não apenas as guerras vividas na Europa, o mundo ferve num caldeirão de loucos com botões atômicos prontos para mandar os outros para o inferno sulfúrico de brasas.
Ricardo Coração de Leão liderava suas tropas, e Cesar teria mandado sacrificar os cavalos quando parecia tudo perdido. Seguimos em lutas. Os que ordenam deveriam se posicionar à frente do pelotão, pois, ser destemido com filhos alheios nas trincheiras e frentes das batalhas é fácil. Ambições, poder.
Na década de 1970, ouvia-se um discurso anticomunista por aqui. “Pra frente Brasil!”, “Ame-o ou deixe-o”. Chico embalou os contrários com “Apesar de você, amanhã há de ser outro dia”. Outra fantástica, é a de Geraldo Azevedo: “Um rei mal coroado/ não queria o amor em seu reinado/ pois sabia não ia ser amado...”. Mesmo assim, os tiranos não se enxergam.
Aos poucos a abertura foi chegando, exilados voltando, perseguidos anistiados. Não se anistia quem não quer ser anistiado. Parecia resolvido, não estava e jamais estará.
Os insepultos se agarram aos vivos, tal qual descrevem os grandes da literatura, em recursos extraordinários sobre valores e cultos, repassados por gerações, fazendo dos mortos bandeiras, e dos cemitérios, locais sagrados. Como não promover os rituais fúnebres aos seus?
O belo salto para a vida é o mesmo que terminará com ela. Inexorável sentença que a todos persegue e alcança uns precocemente. Outros, fartos das perdas, das cores desbotadas e das descrenças, restam prontos para o fim do mergulho.
Vêm então os jornais, que passei a assistir em certa época das 19:30h até às 22h. Tentava assistir às muitas leituras dos fatos trazidos à baila.
Fui gradativamente abandonando o costume, pois as redações pareciam fazer sempre a mesma leitura e apontar exatamente a mesma interpretação.
Seguimos a lida agora com gritos para que parem com a destruição do planeta, cuja resposta tem sido dada com enchentes, terremotos, queimadas e tantos outros eventos climáticos atípicos.
Os senhores da guerra, da política e da imprensa seguem seus caminhos, como forças de atração e tração, para o bem e para o mal, nós também.
Não percamos a esperança, que foi tão bem retratada no mito de Pandora, cuja caixa uma vez aberta, todo o mal libertou. Seguiremos sofrendo enquanto o homem não modificar a cultura para a concórdia e a aceitação. Não é fácil. A vida é um eterno exercício contra as provocações.
O Brasil enfrentou e vive em declarada guerra. Economistas asseveram que a riqueza foi distribuída entre as nações, no século XVI, dividida entre o extrativismo e a reversão de riqueza, formas de colonização dos “civilizados”. Estamos no primeiro ou no segundo?
Não apenas as guerras vividas na Europa, o mundo ferve num caldeirão de loucos com botões atômicos prontos para mandar os outros para o inferno sulfúrico de brasas.
Ricardo Coração de Leão liderava suas tropas, e Cesar teria mandado sacrificar os cavalos quando parecia tudo perdido. Seguimos em lutas. Os que ordenam deveriam se posicionar à frente do pelotão, pois, ser destemido com filhos alheios nas trincheiras e frentes das batalhas é fácil. Ambições, poder.
Na década de 1970, ouvia-se um discurso anticomunista por aqui. “Pra frente Brasil!”, “Ame-o ou deixe-o”. Chico embalou os contrários com “Apesar de você, amanhã há de ser outro dia”. Outra fantástica, é a de Geraldo Azevedo: “Um rei mal coroado/ não queria o amor em seu reinado/ pois sabia não ia ser amado...”. Mesmo assim, os tiranos não se enxergam.
Aos poucos a abertura foi chegando, exilados voltando, perseguidos anistiados. Não se anistia quem não quer ser anistiado. Parecia resolvido, não estava e jamais estará.
Os insepultos se agarram aos vivos, tal qual descrevem os grandes da literatura, em recursos extraordinários sobre valores e cultos, repassados por gerações, fazendo dos mortos bandeiras, e dos cemitérios, locais sagrados. Como não promover os rituais fúnebres aos seus?
O belo salto para a vida é o mesmo que terminará com ela. Inexorável sentença que a todos persegue e alcança uns precocemente. Outros, fartos das perdas, das cores desbotadas e das descrenças, restam prontos para o fim do mergulho.
Vêm então os jornais, que passei a assistir em certa época das 19:30h até às 22h. Tentava assistir às muitas leituras dos fatos trazidos à baila.
Fui gradativamente abandonando o costume, pois as redações pareciam fazer sempre a mesma leitura e apontar exatamente a mesma interpretação.
Seguimos a lida agora com gritos para que parem com a destruição do planeta, cuja resposta tem sido dada com enchentes, terremotos, queimadas e tantos outros eventos climáticos atípicos.
Os senhores da guerra, da política e da imprensa seguem seus caminhos, como forças de atração e tração, para o bem e para o mal, nós também.
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