Depois de ter a presença de uma gata barrada em seu gabinete – e mais recentemente de um cachorro de grande porte –, o deputado estadual Noraldino Junior (PSC) protocolou na Assembleia Legislativa um projeto de lei determinando que as repartições públicas mineiras abram as portas para os cães e gatos. O projeto autoriza a entrada e permanência de animais domésticos nos locais onde funcionam os órgãos públicos estaduais.
De acordo com o texto, para entrar os animais precisam ser conduzidos por coleira e guia. O condutor precisa ser maior de 18 anos e ter força física para controlar os movimentos do animal dentro do estabelecimento.
Pelo projeto, quem estiver com o bicho será responsável pela higiene e alimentação do acompanhante enquanto ele estiver no local. Fica a cargo da administração regulamentar as regras para permanência em cada local.
Na justificativa, o deputado, que presidiu Comissão Extraordinária de Proteção dos Animais na Assembleia, diz que “bichos de estimação no local de trabalho proporcionam integração, alegria, descontração e, consequentemente, a diminuição do estresse”.
O parlamentar alega, ainda, que os animais sofrem com ansiedade de separação ao ficar longe dos tutores. “Neste sentido, verifica-se um benefício tanto para os proprietários quanto para os animais”, diz.
Dino expulso
Noraldino apresentou o texto uma semana depois de ser repreendido para tirar o golden retriever Dino, um de seus cachorros, do prédio da Assembleia. O parlamentar estava levando o animal para ficar com ele no gabinete durante o expediente.
Segundo o deputado, o projeto não é apenas para quem trabalha nas repartições. Se aprovada, a lei permitirá que os frequentadores também entrem com seus animais. “O projeto não é só dele (o cachorro Dino). Tem muita gente que tem animal e tem a dificuldade com relação ao trabalho e a entrar em alguma repartição pública”, afirmou.
Noraldino alega que já há um avanço nesta área e que shoppings e algumas empresas, como a google, permitem que o trabalhador leve seu bichinho. “Entendo a posição da Assembleia, porque existe um regimento interno para ser cumprido, mas onde a gente vai com os bichos eles só trazem alegria”, argumenta.
O parlamentar disse não ver problema algum se os animais puderem ingressar com os tutores nas repartições que não sejam hospitais.
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