O ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) foi preso neste domingo (23) após trocar tiros e usar uma granada contra agentes da Polícia Federal. Ele resistiu ao mandado de prisão determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no começo da tarde.
O pedido foi motivado um dia após o bolsonarista xingar a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia e a comparar a "prostitutas", "arrombadas" e "vagabundas" em um vídeo publicado por sua filha Cristiane Brasil (PTB) nas redes sociais.Segundo informações preliminares, dois policiais foram feridos, sem gravidade em frente a casa do ex-parlamentar em Levy Gasparian, município perto de Petrópolis, no Rio de Janeiro. Ele também usou uma granada contra os agentes.
Em nota, a assessoria de imprensa da Polícia Federal no Rio de Janeiro afirmou que os "policiais federais foram à casa do alvo para cumprir ordem de prisão determinada, na data de ontem (sábado, 22), pelo STF, e durante a diligência, na manhã de hoje (domingo, 23), o alvo reagiu à abordagem da PF que se preparava para entrar na residência. Dois policiais foram atingidos por estilhaços, mas passam bem. A diligência está em andamento".
De acordo com o G1, os feridos são o delegado Marcelo Vilella, que teria sido atingido na cabeça e na perna, e a policial Karina Lino de Miranda, de 31 anos. Ela foi ferida na cabeça. Os dois foram atendidos em um hospital da região e receberam alta.
Após o ocorrido, o presidente Jair Bolsonaro (PL) manifestou repúdio às falas de Roberto Jefferson contra a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia. Além disso, o chefe do Executivo determinou que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, acompanhe o caso no Rio de Janeiro.
Roberto Jefferson é condenado pelo inquérito que apura atividades de uma organização criminosa envolvida em fake news, que o TSE aponta estar envolvida em atos contra o Estado Democrático de Direito. O ex-deputado cumpriu prisão em regime fechado, no ano passado, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio. Contudo, recebeu o benefício de prisão domiciliar, devido a complicações de saúde.
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