Política

Os discursos dos políticos pernambucanos no Dia da Independência do Brasil

7 de setembro marcou o primeiro ano da data com o estado sob comando de Raquel Lyra, primeira mulher a governar Pernambuco, e a celebração do momento democrático do país no Grito dos Excluídos

Publicado em: 07/09/2023 16:19 | Atualizado em: 07/09/2023 18:50

Governadora Raquel Lyra e vice-governadora Priscila Krause no Desfile Cívico-militar  (Foto: Romulo Chico/DP)
Governadora Raquel Lyra e vice-governadora Priscila Krause no Desfile Cívico-militar (Foto: Romulo Chico/DP)

Eram por volta das 7h30 da manhã desta quinta-feira (07) quando começaram as primeiras movimentações para o Desfile Cívico-Militar de Pernambuco na Avenida Marechal Mascarenhas de Morais, na Zona Sul do Recife. Alguns minutos depois, chegava a governadora Raquel Lyra (PSDB), que participou da revista da tropa junto ao comandante militar do Nordeste (CMNE), o General de Exército Kleber Nunes de Vasconcellos.

 

Logo após ao procedimento que deu início à apresentação de escolas estaduais e municipais e tropas militares de diversos segmentos, (entre eles: Aeronáutica, Marinha, Exército, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar) Raquel Lyra fez um breve pronunciamento à imprensa celebrando o seu primeiro Dia da Independência como chefe do executivo estadual e o 201º da história do país.

 

"Um prazer estar aqui neste dia simbólico que é a independência do Brasil, resgatando a nossa história, a nossa tradição. Pernambuco sempre está à frente das lutas libertárias no nosso país, e hoje poder celebrar junto com as forças armadas, junto com as forças operacionais de milícia, com as escolas do nosso estado, dos nossos municípios, com muita alegria tenho a honra de ser a primeira mulher governadora de Pernambuco", discursou.

 

"Queria fazer uma reflexão aqui: de que a nossa independência ainda está pela metade. Enquanto a gente tiver pessoas passando fome, pessoas sem acesso à água, mulheres que não tem onde deixar seus filhos na escola, a gente ainda tem um trabalho imenso pela frente. Essa sim é a verdadeira democracia, a verdadeira independência do nosso país. O dia de hoje é de muita alegria, celebração e reflexão", completou Raquel Lyra. 

 

Mulheres do Exército Brasileiro desfilam no Recife (Foto: Romulo Chico/DP)
Mulheres do Exército Brasileiro desfilam no Recife (Foto: Romulo Chico/DP)
 

 

O foco maior foi a celebração, que a governadora acompanhou como espectadora junto a representantes das Forças Armadas e do Governo Estadual. O desfile se encerrou por volta das 10h30. Estiveram presentes a vice-governadora Priscila Krause, o secretário-chefe da Casa Militar, coronel Hercílio Mamede, o major-brigadeiro do ar, João Campos Ferreira Filho, comandante do II Comando Aéreo Regional (Comar), além dos secretários estaduais Túlio Vilaça (Casa Civil), Carolina Cabral (Desenvolvimento Social, Criança, Juventude e Proteção às Drogas), Ana Maraísa (Administração), Alessandro Carvalho (Defesa Social), Ellen Viégas (Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Pecuária e Pesca), Mariana Melo (Mulher), Ivaneide Dantas (Educação) e a chefe da Polícia Civil de Pernambuco, Simone Aguiar.

 

 

 

Representando a Prefeitura do Recife, esteve presente o secretário-executivo de Educação Ednaldo de Moura Júnior, além dos deputados estaduais Luciano Duque (SD) e João de Nadegi (PV) e do vereador do Recife, Alcides Cardoso (PSDB). 

 

Grito dos Excluídos 

 
Do outro lado do Recife, por volta das 10h, teve início uma outra manifestação tradicionalmente realizada em todo o Brasil no 7 de Setembro: A 29ª edição do Grito dos Excluídos e Excluídas. 
 

Com o tema "Você tem fome e sede de quê?", organizações e membros da sociedade civil organizada partiram do Parque Treze de Maio, no Centro do Recife, em direção ao Pátio do Carmo pedindo por melhorias e manifestando pela “retomada democrática” após um período de quatro anos marcado por tensões políticas sob o comando do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 

 

O evento sempre tem maior adesão de representantes políticos da ala progressista, por tratar de questões ligadas à causa social. 

 

"Todo ano nós fazemos questão de vir ao Grito dos Excluídos, porque o 7 de Setembro representa a independência do nosso país, mas uma independência limitada. Como um país pode ser independente enquanto ainda existem pessoas que passam fome, pessoas sendo discriminadas por sua cor e orientação sexual? O nosso objetivo aqui é repassar a dar voz a esse povo que muitas vezes é esquecido pela política, fazer com que sejam ouvidos em todas as esferas, dentro das Assembléias, dentro da Câmara e principalmente dentro do poder executivo", destacou a deputada federal Maria Arraes (SD).

 

Deputada federal Maria Arraes e manifestantes colorindo cartazes  (Foto: Sandy James/DP)
Deputada federal Maria Arraes e manifestantes colorindo cartazes (Foto: Sandy James/DP)
 

 

Já a vereadora do Recife, Liana Cirne (PT), opinou que o Brasil voltou a fazer avanços no campo democrático com a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas urnas, mas que o poder público precisa continuar sendo cobrado por melhorias na sociedade. "Temos que permanecer nas ruas, reivindicar. Estamos reconquistando a democracia, mas a gente também tem que assegurar a democracia real, com democratização da educação, participação das mulheres, negros, pessoas LGBT e muitas outras reivindicações", pontuou. 

 

O também vereador do Recife, Ivan Moraes (PSol), pontuou que o ato marca e reforça um dos principais pilares da democracia: a participação popular. "É fundamental participar da política, conhecer como funcionam os partidos, se engajar nas lutas dos seus respectivos territórios, de suas respectivas profissões e categorias, dos temas de interesse da população. Isso não deve acontecer apenas nas manifestações, mas sim diariamente", ressaltou.  

 

Manifestantes na 29ª edição do Grito dos Excluídos e Excluídas no Recife (Foto: Sandy James/DP)
Manifestantes na 29ª edição do Grito dos Excluídos e Excluídas no Recife (Foto: Sandy James/DP)
 

 

Estiveram presentes, ainda, o deputado estadual João Paulo (PT), a ex-deputada federal Marília Arraes (SD) e a ex-codeputada estadual Robeyoncé Lima (PSol).

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