COMANDO VERMELHO
Ministério da Justiça recebeu mulher de líder do Comando Vermelho
Segundo jornal, a ''dama do tráfico amazonense'' participou de duas reuniões com secretários da pasta. Ministério afirmou que ela integrava comitiva de advogados e que era ''impossível'' o setor de inteligência detectar previamente a presença
Publicado em: 13/11/2023 10:38 | Atualizado em: 13/11/2023 11:22
Luciane Barbosa Farias é casada com Clemilson dos Santos Farias, mais conhecido como ''Tio Patinhas'' (Reprodução/@associacaoliberdadedoam) |
A esposa do líder do Comando Vermelho esteve duas vezes no Ministério da Justiça. As informações são do Estado de S.Paulo.
Segundo o jornal, Luciane Barbosa Farias, casada com Clemilson dos Santos Farias, mais conhecido como "Tio Patinhas", esteve em audiências com dois secretários e dois diretores da pasta do ministro Flávio Dino num período de três meses. O nome dela não estava nas agendas oficiais.
Procurado pelo Estadão, o Ministério da Justiça disse que a mulher, conhecida como "dama do tráfico amazonense", foi recebida por secretários do ministro, mas destaca que ela integrou uma comitiva de advogados e era “impossível” o setor de inteligência detectar previamente a presença.
Leia íntegra da nota do Ministério da Justiça:
"No dia 16 de março, a Secretaria de Assuntos Legislativos (SAL) atendeu solicitação de agenda da ANACRIM (Associação Nacional da Advocacia Criminal), com a presença de várias advogadas.
A cidadã mencionada no pedido de nota não foi a requerente da audiência, e sim uma entidade de advogados. A presença de acompanhantes é de responsabilidade exclusiva da entidade requerente e das advogadas que se apresentaram como suas dirigentes.
Por não se tratar de assunto da pasta, a ANACRIM, que solicitou a agenda, foi orientada a pedir reunião na Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).
A agenda na Senappen e da ANACRIM aconteceu no dia 2 de maio, quando foram apresentadas reivindicações da ANACRIM.
Não houve qualquer outro andamento do tema.
Sobre atuação do Setor de Inteligência, era impossível a detecção prévia da situação de uma acompanhante, uma vez que a solicitante da audiência era uma entidades de advogados, e não a cidadã mencionada no pedido de nota.
Todas as pessoas que entram no MJSP passam por cadastro na recepção e detector de metais."