DESASTRE EM ALAGOAS

Comissão da Câmara quer criar grupo de trabalho para fiscalizar Braskem

De autoria dos deputados Professora Luciene Cavalcante (PSol-SP) e Guilherme Boulos (PSol-SP), o requerimento deve ser analisado nesta terça-feira (12)

Publicado em: 11/12/2023 15:14



Desde 2018, mais de 14 mil imóveis foram desocupados no bairro de Mutange, em Maceió (foto: Reprodução/Redes sociais)
Desde 2018, mais de 14 mil imóveis foram desocupados no bairro de Mutange, em Maceió (foto: Reprodução/Redes sociais)

Paralelo à instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que irá investigar o afundamento do solo em Maceió (AL), causado pela exploração de sal-gema na região do bairro de Mutange pela Braskem, um requerimento na Comissão de Administração e Serviço Pública (CASP) quer criar um grupo de trabalho para fiscalizar e acompanhar as medidas tomadas pela petroquímica e poder público “frente ao iminente desastre de colapso de mina subterrânea”.

 

O requerimento, de autoria dos deputados Professora Luciene Cavalcante (PSol-SP) e Guilherme Boulos (PSol-SP), está na pauta desta terça-feira (12) e argumenta que, “desde os anos 80, pesquisadores alertam para os riscos de vazamento e de afundamento da região”.

 

“A situação é gravíssima, tendo iniciado com abalos sísmicos desde o ano de 2018. Apenas em 2019, a empresa encerrou a extração de sal-gema e iniciou o fechamento das minas, após ser responsabilizada pelo surgimento de rachaduras em casas e ruas. A cidade de Maceió conta atualmente com 35 minas em seu subsolo”, afirma o documento.

 

“No entanto, 47% da estrutura societária da empresa pertence à Petrobras, empresa pública de capital aberto. Portanto, quase metade da composição societária pertence a uma empresa pública da União, motivo pelo qual se faz necessário o acompanhamento e fiscalização das medidas tomadas frente ao desastre por esta Comissão Parlamentar”, completa.

 

Um novo desdobramento da disputa política envolvendo a questão se desenha, caso o requerimento seja aprovado. Além das disputas em Alagoas entre Renan Calheiros (MDB-AL) e Arthur Lira (PP-AL), o governo evita, por trás das cenas, que a CPI da Braskem seja instalada esta semana, justamente pelos desgastes que poderá trazer tanto a Petrobras quanto a Novonor, ex-Odebrecht, ambas sócias na companhia.

 

Neste domingo (10), houve um rompimento parcial da mina 18, sob a lagoa Mundaú. Desde o dia 30 de novembro, quando começou o agravamento da situação, o afundamento acumulado ultrapassou dois metros.

 

 

Confira as informações no Correio Braziliense.  

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