OPERAÇÃO

Bebianno havia contado que Carlos Bolsonaro queria Abin paralela; vídeo

O ex-ministro já havia contado que Carlos Bolsonaro tinha planos para instalar uma Abin paralela e monitorar ilegalmente adversários políticos e jornalistas

Publicado em: 29/01/2024 11:00 | Atualizado em: 29/01/2024 11:10

O advogado também lembrou que Bolsonaro não se opôs à instalação da 'Abin paralela' (Crédito: Agência Brasil-Reprodução redes sociais)
O advogado também lembrou que Bolsonaro não se opôs à instalação da 'Abin paralela' (Crédito: Agência Brasil-Reprodução redes sociais)

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), alvo de operação da Polícia Federal nesta segunda-feira (29/1), é investigado por ter relação com um esquema ilegal de monitoramento de autoridades públicas e outros cidadãos pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Em 2020, o ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República Gustavo Bebianno já havia falado da intenção do filho do ex-presidente de criar uma “Abin paralela”.

 

Em entrevista ao programa Roda Viva em março de 2020, Bebianno disse que Carlos apresentava um comportamento instável e agressividade e comentou que o gabinete do ódio estar no Planalto foi uma pressão de Carlos sob Jair Bolsonaro. Ele afirmou que o vereador tinha várias ideias e "um dia", chegou com nomes de policiais para criar uma Abin paralela.

 

 

 

“Um belo dia o Carlos me aparece com o nome de um delegado federal e três agentes que seriam uma ‘Abin paralela’ porque ele não confiava na Abin”, comenta Bebianno. O ex-presidente do PSL diz que ele e o general Santos Cruz aconselham o presidente a não ir para frente com o programa de monitoramento, e acrescenta que saiu do governo sem saber se o programa continuou ou não.

 

Veja o momento em que ele relata o plano de Carlos:  

 

  

 

Segundo ele, o então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, a quem a Abin era subordinada, também tinha conhecimento do plano de Carlos.

 

Questionado, Bebianno acreditava que a ‘Abin paralela’ serviria para monitorar e criar dossiês sobre adversários políticos e jornalistas. “Eles não confiam em ninguém. Existe uma paranoia familiar de não confiar em ninguém”, lembra Bebiano.

 

O advogado também lembrou que Bolsonaro (PL) não se opôs à instalação da instrumentalização política da Abin, desviou o assunto e teve uma postura passiva

 

Bebianno morreu 11 dias depois da entrevista. O ex-ministro de Jair Bolsonaro e pré-candidato a prefeito do Rio, passou mal em casa, em Teresópolis, Região Serrana do Rio.

 

No governo, Bebianno ocupou a Secretaria-Geral da Presidência durante um mês e 18 dias. Ele foi o pivô da primeira crise política do governo Bolsonaro, gerada pela suspeita de que o PSL fez uso de candidatura "laranja" nas eleições de 2018.

 

Na época, o ex-ministro afirmou na época que foi demitido do cargo pelo vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho de Jair Bolsonaro. 

 

As informações são do Correio Braziliense. 

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