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Bolsonaro questiona acusações na Paulista: 'Golpe? usando a Constituição?'

Na sua fala, Bolsonaro afirmou que 'passou quatro anos sendo perseguido' e que 'essa perseguição aumentou' desde que deixou a presidência da República, negando qualquer tentativa de golpe de Estado

Bolsonaro marca presença na Av.Paulista

 
Durante ato na Avenida Paulista, em São Paulo, Jair Bolsonaro (PL) questionou as acusações de golpe contra ele. A Polícia Federal investiga uma possível tentativa do ex-presidente da República de orquestrar uma tomada de poder.

Bolsonaro afirmou em discurso do alto de  um trio elétrico que ''passou quatro anos sendo perseguido'' e que ''essa perseguição aumentou'' desde que deixou o cargo de Presidente, negando qualquer tentativa de golpe de Estado.

''Sempre ouvi dizer 'Bolsonaro queria dar um golpe' desde que assumi. O que é um golpe? É ter tanques nas ruas, usar armas, conspirar, atrair classes empresariais para o seu lado. Nada disso foi feito no Brasil. Nada disso eu fiz, e ainda assim continuam me acusando de golpe. Um golpe usando a Constituição? Deixo claro que o estado de sítio começa com o presidente da República convocando os conselhos da República e da Defesa. Apesar de não ser um golpe, o estado de sítio não foi convocado, nem os conselhos da República nem da Defesa foram consultados. O segundo passo do decreto do estado de sítio é enviar uma proposta para o Parlamento'', declarou.

Em seguida, Bolsonaro questionou a ''minuta do golpe'', achada em seu escritório em Brasília pela Policia Federal. ''Golpe? Sinceramente, porque tem uma minuta de um decreto de Estado de Defesa? Golpe usando a Constituição? Tem que ter uma santa paciência... golpe usando a Constituição.''

Sem mencionar o Supremo Tribunal Federal (STF) - o que poderia resultar em sua prisão - Bolsonaro abordou os acontecimentos do dia 8 de janeiro e as prisões que ocorreram após o protesto. Ele criticou as decisões tomadas pela Corte, afirmando que ''fogem da razoabilidade''.

O ex-presidente também citou as eleições presidenciais de 2026, mesmo estando inelegível.

''Essas penas vão além do razoável. Não podemos compreender o que levou algumas pessoas a agirem tão drasticamente contra os pobres coitados que estavam lá no dia 8 de janeiro de 2023. Agora, em 2024, temos eleições municipais. Devemos votar com consciência, especialmente para vereadores e prefeitos. E nos preparemos para 2026, pois o futuro está nas mãos de Deus. Nós sabemos o que deve ser feito no futuro para que o Brasil tenha um presidente que tenha Deus no coração, que ame a sua bandeira, que se emocione ao cantar o hino nacional e que ame verdadeiramente o seu povo. Vocês são responsáveis por mim e pelo Tarcísio estarmos aqui, somos privilegiados. No momento, ele tem o mandato, enquanto eu, não. No entanto, nós podemos decidir o futuro de todos vocês. Não podemos concordar que um poder tire do cenário político quem quer que seja, a menos que haja um motivo justificado. Não podemos pensar em ganhar as eleições afastando os opositores do cenário político'', concluiu.
 
As informações são do Estado de Minas.  

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