Politica

Parlamentares aprovam inclusão do aborto nos direitos fundamentais da União Europeia

Medida ainda precisa ser efetivada pelo Conselho Europeu

Parlamento aprovou, nesta semana, resolução que inclui aborto na Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia

O Parlamento Europeu aprovou, nesta semana, resolução que pede a inclusão da interrupção voluntária da gravidez (IVG) na Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia (UE).

A medida contou com 336 votos favoráveis, majoritariamente de deputados de partidos da esquerda; 163 contrários, do bloco mais à direita; e 39 abstenções. O texto, no entanto, ainda precisa ser aprovada pelo Conselho Europeu para ser efetivado.

A resolução condena "o retrocesso nos direitos das mulheres e todas as tentativas de restringir ou remover as proteções existentes para a saúde e os direitos sexuais e reprodutivos”, se dirigindo especificamente as restrições em países como Polônia e Malta. As críticas também se estendem a Portugal, onde há denúncias de irregularidades no acesso ao aborto legal.

Ainda, o texto também pede que os Estados-membros conscientizem sobre o aborto, e disponibilizem métodos contracetivos seguros e gratuitos, com aconselhamento de planejamento familiar - em especial, para grupos mais vulneráveis.

A proposta também requer que a Comissão Europeia intensifique o combate a grupos anti-aborto, e o fim da atribuição de fundos públicos a organizações e instituições que cerceiem o acesso aos direitos reprodutivos.

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