Cadernos

DP+

Blogs

Serviços

Portais

Politica

Oposição pede demissão de secretária de Saúde ao Governo do Estado

Deputados do PSB veem continuidade de Zilda Cavalcanti no cargo como "insustentável"

Zilda Cavalcanti, secretária de Saúde de Pernambuco

Deputados do Partido Socialista Brasileiro (PSB) cobraram a governadora Raquel Lyra (PSDB) nesta terça-feira (21) pela demissão da atual equipe da Secretaria de Saúde do Estado, incluindo da secretária Zilda Cavalcanti. O Governo de Pernambuco não se pronunciou sobre o assunto até o fechamento desta matéria.

Segundo os parlamentares da oposição, em comunicado conjunto, o apelo é motivado pela falta de planejamento da gestão estadual e redução dos investimentos que teriam acarretado uma crise no setor, além da “situação crítica nas unidades pediátricas”. Para os políticos, a continuidade dos trabalhos da equipe é “insustentável e coloca em risco a vida da população”.

“É uma completa falta de capacidade para gerir a saúde pública do nosso estado. A população pernambucana está pagando o preço da má gestão e negligência. Exigimos que a governadora tome uma atitude imediata, antes que mais tragédias aconteçam", afirma texto assinado pelos deputados Diogo Moraes, Rodrigo Farias, Sileno Guedes e Waldemar Borges.
 
O repúdio do partido se baseia em reportagem da TV Globo veiculada na última quinta-feira (16), que revelou, com dados do Portal da Transparência, uma redução de R$ 1,2 bilhão nos investimentos em assistência hospitalar e ambulatorial no primeiro ano da gestão de Raquel Lyra - uma queda de 15% em relação ao ano anterior.

O corte de verbas para a saúde pública foi o primeiro em 16 anos, o menor investimento no setor na última década, e teria afetado diretamente os hospitais da Restauração (HR), Getúlio Vargas e o Barão de Lucena, agravando o cenário de superlotação e falta de insumos básicos.

O posicionamento dos deputados também se apoia em nota do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) que criticou a falta de preparo do governo estadual para lidar com a sazonalidade das doenças respiratórias, e cobrou soluções imediatas. "A rede estadual de saúde precisa se precaver com mais leitos de UTI pediátricos, melhor distribuição de medicamentos e recursos médicos suficientes para evitar futuras tragédias", disse a entidade em pronunciamento.

"Este ciclo de despreparo e resposta tardia por parte da Secretaria de Saúde Estadual não apenas aumenta o sofrimento de nossas comunidades, mas também demonstra uma falha sistêmica que necessita de correção imediata. O Simepe converge forças neste apelo por mudanças significativas, práticas e rápidas. As crianças e suas famílias têm direito de usufruir de um sistema de saúde que se antecipe aos desafios e proteja suas vidas com eficácia", continuou o Simepe.

Ação judicial
 
O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) chegou a mover ação judicial contra a gestão estadual para assegurar medidas mínimas para o funcionamento do Hospital Barão de Lucena, maior emergência pediátrica do Estado.

A unidade sofre interdição do Cremepe desde o dia 18 de janeiro devido a falta de insumos básicos e condições mínimas de trabalho para os profissionais médicos atenderem a crescente demanda de crianças, especialmente em período de alta incidência de doenças respiratórias.
 

Leia a notícia no Diario de Pernambuco