Durante sua passagem pelo Recife para receber o título de cidadã da capital pernambucana, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, comentou o futuro próximo da sigla no Estado após a definição da pré-candidatura de Vinicius Castello (PT) em Olinda, e da indicação de Mozart Sales (PT) ao PSB para vice de João Campos (PSB).
O discurso de Hoffmann, entretanto, não difere das respostas cansadas das lideranças petistas quando o assunto é a chapa da frente ampla no Recife. A presidente reforçou a necessidade de aproveitar cada segundo para dialogar com a Federação Brasil da Esperança, composta ao lado do PCdoB e PV, e demais aliados. Agora que o PT encontrou unidade no nome de Sales, só falta o prefeito bater o martelo.
“É um processo inigualável de exercício da democracia. Temos que, na Federação, sempre sair com consenso, e depois discutir com os partidos parceiros. As vezes, gostaria que as decisões fossem mais rápidas, mas infelizmente não temos governabilidade sobre o tempo”, disse.
“Obviamente gostaria muito que o PT compusesse a vice aqui, por isso estamos apresentando a pré-candidatura do Mozart, mas também acho que é legítimo o PCdoB, ou outro partido da coligação, apresentar. Isso tem acontecido em várias cidades. A política é a arte da conversa e da construção coletiva”, completou a presidente, se referindo à chance de Campos optar por seu ex-chefe de gabinete, Victor Marques (PCdoB), ou pela ex-secretária de Infraestrutura, Marília Dantas (MDB), ambos fortes candidatos a assumir a vice.
Mas apesar da preferência pela presença do PT na candidatura majoritária, a dirigente adianta que a legenda está mais interessada em estar presente em palanques de candidatos do campo democrático-progressista - mesmo sem protagonismo - para firmar uma frente contra a direita nas eleições de 2026.
“Estamos conversando no Brasil inteiro. Claro, é importante ter candidaturas do PT, acho que teremos um desempenho melhor do que em 2020, seja para prefeitos ou vereadores, mas o mais importante é ver quantos prefeitos e prefeitas do campo democrático-progressista foram eleitos, e que vão estar no palanque contra a extrema direita em 2026. Esse, para nós, é o principal objetivo dessa eleição”, garantiu.
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