Pesquisa Datafolha divulgada neste domingo (7) revelou que a aprovação da gestão de Raquel Lyra (PSDB) é de 16%, enquanto a reprovação é de 48%.
Ainda de acordo com o levantamento, 36% dos recifenses consideram o trabalho da governadora como “regular”. A pesquisa ouviu 616 eleitores recifenses entre 2 a 4 de julho. A margem de erro é de quatro pontos percentuais para mais ou para menos.
Em análise do cenário, o doutor em Ciência Política pela UFPE e professor do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Elton Gomes, explica que a baixa aprovação da gestão de Raquel Lyra indica que uma parcela significativa do eleitorado pernambucano, o eleitorado recifense, que representa aproximadamente 25% no estado, não está satisfeita com o desempenho da governante da chefe executiva estadual.
“Isso pode ser reflexo de problemas na implementação de políticas públicas e na resolução de demandas da população, ou mesmo de uma percepção negativa do seu estilo e liderança. Com 48% de da população reprovando, a gestão fica evidente sobre as circunstâncias atuais que Raquel Lyra enfrenta um grande desafio de recuperar a confiança do eleitorado do estado”, aponta o cientista político Elton Gomes.
Diante da liderança do prefeito João Campos (PSB), com 75% das intenções de voto na disputa eleitoral ao município neste ano, de acordo com levantamento feito pelo Instituto Datafolha na última sexta-feira (5), uma possível recuperação do apoio do eleitorado à governadora pode se tornar ainda mais complicado na possível corrida eleitoral para o estado em 2026.
Para o doutor em Ciência Política pela UFF e professor da Unicap, Antonio Lucena, as estratégias exitosas de marketing do socialista, construídas desde quando ele era deputado, aliadas a algumas ações pela capital marcam o sucesso do seu governo. “O que a gente pode perceber nessa trajetória de João Campos é que ele está buscando se classificar para se tornar governador e ser efetivamente um páreo muito duro para a atual governadora Raquel Lyra. Essa popularidade dele se reflete nas intenções de voto, na gestão que está sendo bem avaliada e, por outro lado, ele se beneficia porque a oposição não consegue criar um candidato viável”, destaca.
O Diario de Pernambuco procurou o Palácio, mas até o momento a gestão estadual não quis se pronunciar sobre a pesquisa.