BANCO CENTRAL

Lula sobre Campos Neto: 'acha que o povo precisa ganhar pouco?'

O presidente questionou falas de Campos Neto sobre o aumento da inflação com os gastos do governo federal e com o aumento do salário mínimo

Publicado em: 26/07/2024 13:36

''Ou seja, significa que para não ter inflação é preciso o povo ganhar pouco? É preciso? Será que essa pessoa não tem respeito?'', disse Lula (Crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil - Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
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''Ou seja, significa que para não ter inflação é preciso o povo ganhar pouco? É preciso? Será que essa pessoa não tem respeito?'', disse Lula (Crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil - Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil )

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta sexta-feira (26/7) o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Lula rebateu declarações do chefe da autoridade monetária sobre o aumento da inflação com o investimento do governo em programas sociais e com o aumento do salário mínimo.

 

O presidente questionou se Campos Neto “não tem respeito” e se acredita que, para evitar inflação, é preciso que a população ganhe pouco. A fala ocorreu durante anúncio de investimentos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Palácio do Planalto.

 

“Esses dias o presidente do Banco Central deu uma declaração para a imprensa que eu não quis acreditar. Um cidadão jovem, bem sucedido na vida, diz o seguinte: esse negócio do aumento de salário mínimo e massa salarial crescendo pode gerar inflação”, discursou Lula.

 

“Ou seja, significa que para não ter inflação é preciso o povo ganhar pouco? É preciso? Será que essa pessoa não tem respeito? Será que as pessoas pensam que alguém ganha um salário mínimo porque quer ganhar um salário mínimo? Será que alguém pensa que a pessoa é pobre porque quer ser pobre? Não”, acrescentou ainda o presidente.

 

Campos Neto já afirmou que o investimento público do governo federal em programas sociais cria um “ciclo vicioso” de aumento da inflação, e defendeu que o ajuste das contas públicas seja feito pelo corte de gastos. Ele também defendeu a desindexação da Previdência do salário mínimo.

 

As informações são do Correio Braziliense. 

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