Exoneração

Silvio Almeida posta nota afirmando que pediu para que Lula o demitisse

O ex-ministro dos Direitos Humanos foi exonerado nesta sexta-feia (6)

Publicado em: 06/09/2024 22:10 | Atualizado em: 06/09/2024 22:18

O Palácio do Planalto publicou uma nota na noite de quinta informando que foi aberto um procedimento de apuração sobre o caso pela Comissão de Ética da Presidência da República (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O Palácio do Planalto publicou uma nota na noite de quinta informando que foi aberto um procedimento de apuração sobre o caso pela Comissão de Ética da Presidência da República (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O ex-ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, postou uma nota à imprensa em seu perfil no Instagram, nesta sexta-feira (6), afirmando que pediu para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o exonerasse do cargo. O pedido teria sido feito após a repercussão das denúncias de assédio sexual cometido por Silvio.

“Nesta sexta-feira (6), em conversa com o Presidente Lula, pedi para que ele me demitisse a fim de conceder liberdade e isenção às apurações, que deverão ser realizadas com o rigor necessário e que possam respaldar e acolher toda e qualquer vítima de violência. Será uma oportunidade para que eu prove minha inocência e me reconstrua”, escreveu.

Mais cedo, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República informou que: “Diante das graves denúncias contra o ministro Silvio Almeida e depois de convocá-lo para uma conversa no Palácio do Planalto, no início da noite desta sexta-feira (6), o presidente Lula decidiu pela demissão do titular da Pasta de Direitos Humanos e Cidadania. O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”.

Agora, quem ficará no cargo de Silvio Almeida é a ministra Esther Dweck, que vai acumular a função com o comando da pasta da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos até a definição de um novo titular para o MDHC.

Nesta quinta-feira (5), a ONG Me Too Brasil, que combate a casos de assédio sexual, informou que recebeu denúncias contra o professor e jurista. As supostas vítimas mantiveram anonimato. Segundo uma postagem do portal Metrópoles, uma das vítimas seria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.

O Palácio do Planalto publicou uma nota na noite de quinta informando que foi aberto um procedimento de apuração sobre o caso pela Comissão de Ética da Presidência da República. Houve uma reunião nesta sexta e ficou acordado que Silvio Almeida tem 10 dias para apresentar defesa.

"Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim. Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país", afirmou o ex-ministro.

MAIS NOTÍCIAS DO CANAL