ELEIÇÕES 2024

João Campos reforça palanques em Natal e Belém, e vira cabo eleitoral da esquerda no Norte-Nordeste

Prefeito reeleito do Recife participou de ato de candidato do PT em Fortaleza nesta semana

Publicado em: 17/10/2024 12:28

João Campos (PSB) em sua festa da vitória no Recife, após apuração das urnas no primeiro turno das eleições (Rafael Vieira/DP Foto)
João Campos (PSB) em sua festa da vitória no Recife, após apuração das urnas no primeiro turno das eleições (Rafael Vieira/DP Foto)
Reeleito no Recife com 78% dos votos válidos, o prefeito João Campos (PSB) agora reforça palanques de aliados no segundo turno das eleições municipais nas regiões Norte e Nordeste do país, não se limitando apenas a Olinda e Paulista - cidades pernambucanas que seguem na disputa.

Na próxima semana, João Campos deve viajar a Natal, capital do Rio Grande do Norte (RN), em apoio a candidata Natália Bonavides (PT). A petista ficou em segundo lugar no primeiro turno da disputa, com 28,45%, contra 44% de Paulinho Freire (União Brasil).

Além disso, a agenda do prefeito recifense também prevê participação em ato político de Igor Normando (MDB) em Belém, capital paraense (PA). O candidato apoiado pelo governador Helder Barbalho (MDB) saiu na frente no primeiro turno, com 44,89%, contra 31,48% do bolsonarista Eder Mauro (PL).

Os compromissos de Campos fortalecendo palanques aliados começam a consolidá-lo como novo cabo eleitoral da esquerda e centro-esquerda no Norte-Nordeste. Na última terça-feira (15), o socialista também esteve em evento de Evandro Leitão (PT) em Fortaleza.

Popularidade nacional

A popularidade do gestor recifense já se estendia para além da capital pernambucana antes mesmo do início da campanha. No Instagram, Campos soma 2,7 milhões de seguidores, e usuários de diversas cidades do país se referem a ele como “meu prefeito”, apesar de não votarem no Recife.

A notoriedade do prefeito foi comprovada na campanha. Campos recebeu mais de 700 mil votos sem depender do apoio explícito de cabos eleitorais e medalhões da política, como o presidente Lula (PT), apesar de serem aliados.

Além disso, a presença de Campos no material de campanha de outros candidatos no Estado rivalizava a do presidente da República, e muitos priorizaram a associação com o prefeito do Recife.

Enquanto Lula deve direcionar seus esforços no segundo turno da cidade de São Paulo ao lado de Guilherme Boulos (PSOL), Campos estende a mão para a esquerda “desamparada” no Norte e Nordeste, ampliando o alcance de sua liderança e a influência de seu grupo político.
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