Ex-secretária da atual gestão na Prefeitura de Olinda, Mirella Almeida (PSD) é candidata a prefeita com a garantia de que ampliará os avanços dos últimos oito anos. Ela já estabeleceu as suas prioridades e avisa que buscará parcerias com os governos do Estado e Federal para suprir o baixo orçamento que o município tem. Nesta quinta-feira (24), Mirella concedeu entrevista à Rádio Clube de Pernambuco e assegurou atenção à periferia do município. Entre as suas propostas está a entrega de dez creches, no mandato de quatro anos.
A candidata social-democrata considera que, nesta campanha, houve injustiça por parte da oposição, por não reconhecer as realizações do governo do Professor Lupércio (PSD). “Quando chegamos em 2017, Olinda estava em pleno abandono. A realidade era bastante distante do que é hoje. Tinha mais de dez postos de saúde fechados. A única emergência que tinha na cidade estava fechada. A UPA estava caindo aos pedaços. Na Educação, não existia escola de tempo integral, não tinha creche climatizada, professor não tinha direito a 13º e férias. Faltava respeito com a população”, disse, se referindo à gestão do ex-prefeito Renildo Calheiros (PCdoB).
“Quando Lupércio chegou, precisava arrumar a casa, trabalhar áreas que por muitas vezes sofrem muito com a falta de política pública. O compromisso era abrir as unidades de saúde,, colocar o SPA para trabalho, implementar escola de tempo integral e climatizar as creches. Os candidatos de oposição só retratam aquilo que lhes convêm. No segundo turno, a gente está falando de radicalismo, de uma pessoa que não consegue enxergar as conquistas que a cidade teve, porque não quer. Só fala de coisas ruins”, acrescentou Mirella sobre o adversário Vinicius Castello (PT). A candidata ressaltou que “Olinda tem inúmeros desafios e precisa de uma pessoa corajosa, com atitude e experiência”.
Questionada sobre prioridades, Mirella Almeida disse que serão as creches. Segundo ela, inicialmente seriam cinco, porém a governadora Raquel Lyra (PSDB) garantiu que outras cinco serão construídas pelo Estado. Além disso, pretende “trabalhar pela modernização do serviço público para desburocratizar os processos”.
A falta de recursos é um dos principais entraves de Olinda, tanto que o orçamento previsto para 2025 é de R$ 1,2 bilhão. Por conta disso, Mirella disse que, se for eleita, irá atrás de verbas extras. “Vamos buscar parcerias com os governos Federal e Estadual, mas é preciso ter capacidade para levar adiante e não perder os recursos. A gente tem mostrado capacidade de executar convênios. A gente vai trabalhar e se compromete com a população de ser uma gestão muito técnica, para não ter perda de recursos e conseguir fazer com que o que será trazido de investimentos para a cidade, de fato, chegue à população”, ressaltou.
Na sua opinião, apesar das ações realizadas na periferia olindense, será necessário ampliar. A candidata citou que, na atual gestão, foram pavimentadas mais de 400 ruas e investidos mais de R$ 30 milhões nas encostas. No entanto, lembrou que 50% das população mora em áreas de morro que precisam de proteção.
Outra área que merece atenção, de acordo com Mirella Almeida, é a Saúde. Na entrevista, ela garante que não há falta de médicos, pois as unidades receberam profissionais através de seleção simplificada e do programa federal Mais Médicos. No entanto, pretende realizar concurso público ou uma nova seleção para garantir a normalidade dos atendimentos, durante o seu mandato. Outra alternativa será fazer parcerias com as faculdades presentes em Olinda, “trazendo os profissionais para trabalhar a formação dentro do município”.
Questionada sobre a presença de lideranças políticas nos palanques de Olinda, a exemplo de Raquel Lyra no seu, e do prefeito do Recife, João Campos (PSB), no de Vinicius Castello, a candidata aproveitou para fustigar novamente o adversário. “Não é o prefeito de outra cidade que pode fazer gestão dentro de Olinda, que pode mandar recursos. A governadora pode”, disse Mirella, lembrando que o Governo do Estado já investe na PE-15, no Canal do Fragoso, Perimetral.
Ela ressalta a importância desse apoio, mas assinala que “quem vai estar no dia a dia é a prefeita, é o gestor que for escolhido pelo povo para atuar diante das dificuldades”. “Por isso, a população tem que fazer a escolha que achar mais correta e saudável”, acrescentou.
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