Xi foi recebido na Base Aérea de Brasília pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, pelo ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha, e pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. Lula ainda está no Rio de Janeiro em compromissos do G20 – dos quais o presidente chinês também participou.
A comitiva chinesa pousou às 15h44 e deixou a base às 16h10 em direção ao hotel onde ficará hospedada. Além dos ministros, o grupo de percussão Batalá participou da recepção.
A delegação chinesa está hospedada em um hotel a poucos metros do Alvorada, que foi completamente esvaziado e teve sua segurança reforçada. As medidas incluem blindagem nas janelas da suíte presidencial, tapumes e patrulhas com cães farejadores. O único “hóspede” permitido no local além da comitiva chinesa é o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que mora no hotel desde o início do governo.
Outra adaptação feita para comemorar a visita foi a instalação de bandeiras vermelhas nos postes de luz da Esplanada dos Ministérios. As reuniões com chefes de Estado normalmente ocorrem no Palácio do Planalto, mas o encontro com Xi foi transferido para o Alvorada a pedido da segurança chinesa – e autorizado pelo Itamaraty.
Desde a semana passada, o acesso à residência está restrito devido às preparações de segurança para o encontro.
[SAIBAMAIS]
Reunião bilateral
A chegada de Xi à residência oficial está prevista para as 10h desta quarta, e os dois líderes vão conversar a portas fechadas antes de assinar acordos de cooperação e dar uma declaração a jornalistas. Logo depois, ambos almoçam juntos no Alvorada e, à noite, participam de um jantar oficial no Palácio Itamaraty.
A reunião bilateral é uma das mais esperadas do ano dentro do governo e marca os 200 anos de relações entre os dois países. Segundo a chancelaria brasileira, os acordos assinados abrangem principalmente as áreas de finanças, infraestrutura, cadeias produtivas, transformação ecológica, tecnologia, e as rotas de integração sul-americana – projeto brasileiro que visa conectar os países do continente.
A China é o maior parceiro comercial do Brasil. Entre janeiro e outubro de 2024, o fluxo foi de US$ 136,3 bilhões, sendo US$ 83,4 bilhões em exportações brasileiras e US$ 52,9 bilhões em importações, com superavit de US$ 30,4 bilhões.
Os itens brasileiros comprados pela China são principalmente soja, óleos brutos de petróleo e minério de ferro, enquanto os mais importados do país asiático são componentes eletrônicos, veículos e equipamentos de telecomunicação. Desde 2004, quando Lula visitou a China pela primeira vez, o comércio entre os países cresceu mais de 17 vezes.
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