Microcefalia
Zika vírus pode ser transmitido por relação sexual e aleitamento materno
Suspeita-se ainda de contágio por via sanguínea, como em transfusões de sangue e transplante de órgãos
Publicado em: 30/11/2015 21:36 Atualizado em: 30/11/2015 23:02
O vírus é, oficialmente, relacionado ao surto de microcefalia. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press |
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Outros tipos de contágio são descritos de forma isolada na literatura médica, de acordo com Maierovitch. "Transmissões por meio de relação sexual e por aleitamento são citadas em casos isolados, mas ainda estamos investigando", pontuou.
Um estudo publicado este ano na revista científica internacional Emerging Infectious Diseases revelou que o zika vírus foi isolado, em 2013, no sêmen de um paciente do Taiti, ilha da Polinésia Francesa, que passou por uma epidemia de zika em 2013.
O vírus foi isolado depois de o paciente ter procurado tratamento para a presença de sangue no esperma, que aconteceu duas semanas após ele ter apresentado sintomas caracteísticos de zika, como dor de cabeça, febre baixa e dores nas articulações.
A primeira morte comprovadamente causada pelo vírus foi a de um homem, do Maranhão, com lúpus que fazia uso de medicamentos corticoides. O segundo caso foi o de uma menina de 16 anos, do município de Benevides, no Pará, que morreu em outubro. Ela apresentou dor de cabeça, náuseas e petéquias (pontos vermelhos na pele e mucosas).
Antes de ser apontado como causador da microcefalia e de graves problemas neurológicos como a síndrome de Guillain-Barré, que pode deixar o paciente paralisado e até levar à morte, o zika era considerado uma versão mais branda da dengue, por causa dos sintomas iniciais que geralmente desaparecem em até sete dias. Agora, o vírus identificado pela primeira vez na floresta de Zica, na África, tornou-se a principal preocupação relativa ao combate ao Aedes.
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