Vida Urbana

Crescem queixas sobre focos do Aedes

Em meio à epidemia de microcefalia, denúncias à Ouvidoria da Secretaria de Saúde do Recife têm aumento significativo

Ricardo Astrogildo, morador da Mangabeira, tomou providências para evitar acúmulo de água em suas plantas

As denúncias podem ser feitas pelo 0800-281-1520, pelo site da prefeitura (www2.recife.pe.gov.br) ou pessoalmente, na sede da secretaria, no 13º andar do prédio da PCR, no Bairro do Recife. O número da ouvidoria recebe chamadas nos dias úteis, das 8h às 17h, mesmo horário em que são registradas as quaixas presenciais.

Segundo a secretaria, em dezembro geralmente há queda nos atendimentos da ouvidoria, o que não ocorreu neste ano. O órgão orienta os distritos sanitários a averiguar a veracidade das informações, tomar providências e informar a ouvidoria sobre sua resolução.

Todos os dados, da geração do protocolo à efetivação das ações, são registrados no Sistema Único de Saúde. O prazo total até o retorno ao usuário é de 30 dias. A resposta ao reclamante pode ser dada por e-mail ou telefone.

O aumento das queixas reflete a preocupação de pessoas como o comerciante Ricardo Astrogildo, morador do bairro da Mangabeira. Ele tomou uma série de providências para evitar a proliferação do Aedes em casa, como colocar terra em todos os vasos de planta para evitar a água parada. “Agora estou preocupado com um esgoto na frente da minha casa.”

Alerta

Nem todos os cidadãos conseguem fazer com que seu problema chegue ao poder público. O engenheiro mecânico Guilherme Lessa Cavalcanti, 40 anos, tentou registrar reclamação por uma semana. “Primeiro liguei para ouvidoria, que me orientou a procurar o Distrito Sanitário 4, mas ninguém atendeu.”

Gulherme estava preocupado com a cor esverdeada da piscina da unidade do Sesi na Torre, que hoje está desativada. “Às vezes leva muito tempo entre uma manutenção e outra. Eu acredito que muitas outras pessoas estejam preocupadas com focos por causa da microcefalia”, disse. O Sesi informou que a piscina é limpa semanalmente e que está atento para que a estrutura não se torne foco do Aedes.

O assessor técnico da Secretaria de Saúde do Recife, Fernando Gusmão Filho, explica que com o novo patamar de denúncias à ouvidoria, já foi criado uma espécie de sistema paralelo para uso interno, para que se possa dar mais agilidade às operações.

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