Vida Urbana

Polícia divulga características de suspeito de matar menina Beatriz

Homem negro, magro, baixo e de cabelos crespos foi apontado por testemunhas como assustador durante a festa

Imagens de câmeras de segurança mostram o instante em que Beatriz deixa a arquibancada em direção ao bebedouro. Fotos: Polícia Civil/Divulgação

Beatriz Mota

O caso começou a ser investigado pela delegada Sara Ferreira Machado, mas atualmente está sob os cuidados do delegado Marceone Ferreira Jacinto. Segundo ele, durante o evento, muitas pessoas avistaram o suspeito vestindo uma camiseta verde e caça jeans na escola. As testemunhas disseram ter visto o homem fingir que bebia água no bebedouro onde a criança disse que iria. Foi descrito como de "olhar assustador e intimidador". Uma criança ouvida disse que ele teria a chamado para buscar mesas e cadeiras, mas, com medo, ela correu. Até mesmo um funcionário da escola percebeu a presença do desconhecido e ficou no local esperando que outro aluno tomasse água para não deixá-lo sozinho com o homem.

Após 182 ouvidas, onze testemunhas relataram a presença do desconhecido com o comportamento considerado suspeito. Segundo a polícia, foram analisados diversos vídeos de câmeras de segurança próximos ao colégio e, nas imagens, foi identificada uma pessoa semelhante a descrita nos depoimentos. Uma reprodução simulada foi feita e constatou a presença do homem.

Quadra de esportes onde acontecia a festa

Para chegar ao suspeito, a polícia analisou as imagens internas e externas da escola, incluindo as do evento (feitas por fotógrafos, cinegrafistas profissionais e também imagens amadoras feitas pelos participantes). Foram analisadas 4.270 fotos oficiais da festa e mais de 5 terabytes de fotos e vídeos cedidos pela população. Além disso, a faca utilizada também foi apreendida e analisada. No instrumento do crime, foi identificado um perfil de DNA masculino (no cabo da faca). Também foi encontrado material genético nas unhas da criança. "Nós queremos chegar nas pessoas que têm esses dois perfis de DNA. É um trabalho árduo. Temos uma equipe de investigação dedicada exclusivamente para isso", adiantou o delegado Marceone Ferreira.

Depósito onde o corpo foi encontrado

No balanço geral das investigações, foram realizadas 182 ouvidas, realizados 65 confrontos de DNA, três exames de constatação de sangue humano, quatro exames traumatológicos, um exame tanatoscópico e sexológico, 20 perícias em materiais apreendidos e outras 28 perícias diversas.

DENUNCIE

Quem tiver informações que possam colaborar com a polícia na localização do suspeito deve entrar em contrato através do Disque Denúncia pelo número (87) 3719-4545.

RELEMBRE O CASO

Beatriz Angélica Mota foi assassinada no dia 10 de dezembro de 2015 durante uma festa de formatura no Colégio Maria Auxiliadora, em Petrolina. O evento acontecia no ginásio de esportes da instituição. A menina estava acompanhada dos pais, Lucia Mota e Sandro Romilton Ferreira, que é professor da instituição, além da irmã. Por volta de 22h, ela pediu para a mãe para ir ao bebedouro, que fica na parte inferior da arquibancada. Ela saiu e não foi mais vista por nenhuma testemunha. Às 22h45, o corpo da criança foi encontrado em um depósito de material esportivo desativado, ao lado da quadra onde acontecia a festa. Ela estava com ferimentos de faca no tórax, nos braços e pernas. A faca utilizada no crime foi encontrada ao lado da criança.

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