Mobildade

Rui Barbosa: uma avenida amigável aos pedestres

Via tem passeios requalificados e ampliados como parte de um projeto de rotas caminháveis que inclui 100 vias do Recife

Publicado em: 21/02/2018 07:32 | Atualizado em: 21/02/2018 08:46

Rui Barbosa: uma avenida amigável aos pedestres. Edvaldo Rodrigues/DP

Os 2,5 km de calçadas da Avenida Rui Barbosa, que liga a Zona Norte do Recife à Avenida Agamenon Magalhães, estão sendo requalificados. Os serviços incluem mudança do piso, rebaixamento de trechos para rampas, criação de percursos legíveis para deficientes visuais, paisagismo e aumento da largura para 1,20 nos trechos onde os passeios são estreitos. A obra faz parte de um projeto da Autarquia de Urbanização do Recife (URB), que prevê a reforma das calçadas de mais de 100 ruas da capital para a criação de rotas caminháveis inclusivas. 

O objetivo é garantir o conforto, a segurança do pedestre ao caminhar e a conectividade com a rede de transporte público. O investimento na segunda etapa é de R$ 11,4 milhões e contempla, ainda, a recuperação dos passeios públicos da Rua Amélia e da Avenida Rosa e Silva, ambas na Zona Norte, e das ruas do Príncipe, Visconde de Suassuna e Avenida João de Barros, área central do Recife. A previsão é de que as demais obras desse contrato tenham início a partir do mês de março e sejam concluídas até julho. Na Rui Barbosa, a intervenção teve início próximo ao Parque da Jaqueira e acontece das 22h às 5h. 

“Estamos requalificando as calçadas de grandes corredores, por onde passa o maior número de pedestres, onde há transporte coletivo, para permitir um caminho mais acessível e inclusivo ao pedestre, com soluções de acessibilidade. Para isso, os pisos estão sendo totalmente trocados, salvo nos casos em que há necessidade de preservação de percursos históricos, como nos trechos onde a calçada é feita de pedras portuguesas. Em certos locais, está sendo necessário solicitar o recuo do muro de algum imóvel ou usar um pedaço da pista de rolamento para ampliar a calçada, para que tenha a largura mínima”, explicou o presidente da URB, João Alberto Costa Faria. Segundo ele, a pavimentação dos passeios será feita em concreto moldado no local e bloco intertravado, respeitando as características de cada rua.

O projeto foi dividido em 10 lotes que contemplam todas as regiões da cidade e as obras desses contratos podem correr em paralelo. A primeira etapa atendeu a Rua Carlos Gomes e a Estrada do Forte do Arraial, na Zona Oeste, além das avenidas Barão de Souza Leão e Arquiteto Luiz Nunes, na Zona Sul.

Em janeiro, outras três ruas do primeiro contrato foram iniciadas: Maria Irene, no Jordão, e Augusto Calheiros e Santos Araújo, ambas em Afogados. O primeiro contrato contempla ainda a Avenida Mário Melo e a Rua João Lira, em Santo Amaro, além da Rua do Riachuelo e da Avenida Oliveira Lima, na Soledade, e a Rua Dos Coelhos. 
De acordo com João Alberto, o lote três do projeto está em licitação e as obras devem ter início em julho. O terceiro contrato contempla as avenidas Paissandu e Manoel Borba, além das ruas Lins Petit, José de Alencar, Doutor Carlos Chagas, General Joaquim Inácio, Dom Bosco, Princesa Izabel, Fernandes Vieira, Gervásio Pires, Rua Velha e o Largo do Mercado da Boa Vista.

“Os outros sete lotes estão em elaboração. A requalificação das calçadas dos 100 corredores deve ser concluída até 2020. Estão sendo investidos R$ 105 milhões, incluindo R$ 100 milhões de um empréstimo do Ministério das Cidades e R$ 5 milhões de recursos da própria Prefeitura do Recife”, afirmou o presidente da URB.
Os comentários abaixo não representam a opinião do jornal Diario de Pernambuco; a responsabilidade é do autor da mensagem.