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Praia Sem Barreira chegará ao interior
Projeto que oferece banho de mar a deficientes faz 5 anos e poderá se estender a lagoas e cachoeiras
Nos cinco anos de funcionamento, o programa atendeu 10,3 mil pessoas, sendo quatro mil somente em Boa Viagem, a praia com o maior número de atendimentos. Do total, 57% eram adultos, 29% idosos e 14% crianças. “Este ano vai marcar a interiorização do projeto. Temos a perspectiva de, com isso, fomentar o turismo rural”, afirmou o vice-presidente da Empresa de Turismo de Pernambuco, Ciro Couceiro.
Após o estudo de viabilidade dos dois novos pontos do programa, ainda não definidos, o governo do estado vai fechar o convênio com os municípios escolhidos para receberem a ação. “No Litoral Sul, vamos escolher uma praia entre o Recife e Porto de Galinhas (Ipojuca). Já na Mata Norte sabemos que não será a praia, mas estamos estudando a viabilidade dos possíveis locais”, disse Couceiro. Segundo ele, para fazer a escolha, a equipe da Empetur observa se o lugar tem acessibilidade e condições de receber cadeirantes desde a saída deles do veículo que chegam até a entrada na água.
O Praia Sem Barreiras foi lançado no Sueste, em Fernando de Noronha, em 2013. Em março do mesmo ano, a ação chegou ao Recife, na Praia de Boa Viagem. A terceira praia a receber o projeto foi Porto de Galinhas, em maio de 2013. No ano seguinte, o projeto chegou a Candeias, em Jaboatão dos Guararapes e na praia de Tamandaré. A Empetur capacita os atendentes que atuam no projeto e disponibiliza cadeiras de rodas anfíbias e as esteiras removíveis de acesso à faixa de areia. É de responsabilidade dos municípios a contratação de profissionais para o atendimento. Algumas praias contam com apoio da Uninassau e de ONGs, como é o caso de Porto de Galinhas, que tem o atendimento realizado pela ONG Rodas da Liberdade.
Em Fernando de Noronha, o projeto acontece por agendamento, feito no guichê onde são pagas as taxas do arquipélago. Lá, o Praia Sem Barreiras conta também com mergulho de cilindro e trilhas adaptadas. Em Boa Viagem e Candeias, a ação acontece de sexta a domingo, das 8h às 12h. Em Porto de Galinhas o projeto funciona diariamente, mas apenas na maré baixa. Já em Tamandaré o funcionamento é aos sábados, domingos e feriados, de acordo com a tábua de marés.
Desde 2014, a paratleta Vivian da Rocha, 42, e seu marido, Wellington Alves, 46, frequentam Candeias e entram no mar com os atendentes. “Eu já ia à praia, mas dava um trabalho que desestimulava. Agora entro no mar com tranquilidade”, contou Vivian. “Não tenho os membros superiores e não uso a cadeira anfíbia, mas conto com apoio dos atendentes. Minha esposa usa, pois é cadeirante. Ficou mais fácil e prazeroso entrar no mar”, disse Wellington.