Na campanha deste ano, estão envolvidas, diariamente, cerca de três mil pessoas no trabalho de coleta e limpeza da cidade, que gera uma média de 1,5 mil tonelada de lixo recolhido por dia e 45 mil toneladas por mês, além de uma média de 30 mil toneladas de entulhos mensalmente. "A instalação das peças feitas com reciclados é uma ação de educação ambiental. O objetivo é mostrar o impacto do descarte incorreto", afirmou o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife, José Neves.
"Espero que as pessoas se conscientizem. Criei essas obras justamente para que as pessoas possam se sentir tocadas. As peças que fiz são animais da nossa região que estão sofrendo com a poluição, com os lixos em seus habitats", comentou o artista que assina as obras e que há dez anos trabalha com material reciclado.
As esculturas foram colocadas sobre plataformas de madeira com pontos de iluminação. Ao lado de cada um, uma placa informa sobre a campanha e dá dicas sobre como "mudar o Recife para melhor". A sinalização indica que recifenses e visitantes "assumam a responsabilidade pelo seu lixo; não joguem lixo no chão, nos rios, na areia ou no mar; separe o orgânico do reciclável antes de descartá-lo e use os ecopontos e ecoestações da Prefeitura do Recife". Outro texto na placa pontua ainda que quando o lixo é jogado no lugar certo, "diminui a poluição nos mangues, rios e mar; preserva os animais; ajuda a evitar alagamentos nas épocas de chuva e deixa a cidade mais limpa e saudável".
Lixeiras
Além das lixeiras de papel, a cidade conta com 67 Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) em locais públicos, onde a população pode fazer o descarte de materiais recicláveis, como plásticos, vidros, alumínios e outros tipos. Há ainda a opção das ecoestações, onde pode haver o descarte de objetos maiores como sofás, camas e demais eletrodomésticos. As ecoestrações do Recife estão nos bairros do Ibura, Imbiribeira, Campo Grande, Totó, Cohab, Torrões, Torre, Arruda, Pina (Via Mangue) e Iputinga.